DICAS DA SAIDEIRA: Mulheres ditam regras no mercado cervejeiro; Veja mais!

A máxima ?lugar de mulher é onde ela quiser? viralizou nas redes e foi reproduzida em diferentes plataformas, sobretudo na última semana, com as comemorações do Dia Internacional da Mulher. Mas, quando o assunto de discussão é o espaço de fala, expressão e exercício da mulher nas mais diversas áreas de atuação, em que é que o direito fundamental nos diferencia?

Como o Dicas da Saideira é democrático, diferentão e ? por que não dizer? ? feminista, a resenha da última sexta-feira (9/3) contou com uma mesa de bar exclusivamente feminina. As mulheres dominaram a rodada e garantiram: ?o único rótulo que importa é o da garrafa de cerveja, e com ressalvas?.

Para a convidada Débora Matos, Sommelière de Cervejas, embora já exista uma discussão para desmistificar a ideia de que mulher e bebidas pertencem a universos diferentes, o preconceito ainda existe. ?Eu contei no programa uma história, mas, se a gente sentar, tem pelo menos mais umas quatro ou cinco, em um ano e meio que trabalho com isso. Diariamente, é uma coisa que acontece?, pontuou.

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Pra quem não sabe, apesar das propagandas e anúncios sexistas relacionados às marcas de cervejas, com uma gama de comerciais machistas que objetificam a figura feminina, a história mostra que o campo de produção da bebida era dominado, na Antiguidade, quase exclusivamente por mulheres.

Foto: Divulgação Dicas da Saideira

Os hieróglifos do Código de Hamurabi, de 1772 a.C., descrevem mulheres fabricando cerveja e, na Suméria antiga, tanto a limpeza quanto a preparação de comidas e bebidas cabiam às mulheres ? o que faz com que alguns historiadores levantem a possibilidade de que elas tenham participado ativamente de um dos negócios mais antigos do mundo ao vender as cervejas que produziam.

Segundo Débora Matos, a mulher sempre teve uma participação importante no processo cervejeiro. ?O que dá amargor à cerveja é o lúpulo. A primeira pessoa a estudar o lúpulo foi uma mulher. Então, por que o mundo cervejeiro é um mundo masculino, e não também feminino? A gente não quer excluir os homens, a gente só quer se juntar sem preconceito?, explicou a Sommelière, que abdicou da carreira de fisioterapeuta para ingressar no mercado cervejeiro. ?Foi a melhor coisa que fiz da minha vida?, ressaltou.

Quem também largou o trabalho para se lançar à proposta cervejeira foi Mariana Maltez, atualmente sócia da Kombita Chopp, que mistura opções de cerveja artesanal e música em um espaço colaborativo de quarta a domingo, na Sabino Silva, em Salvador. ?Eu trabalhei oito anos como funcionária pública no INSS, mas já não estava feliz com o trabalho e queria me arriscar a fazer uma coisa diferente. Comecei a descobrir o universo da cerveja artesanal e fiquei encantada. Vi como uma oportunidade de negócio também e resolvi empreender. Compramos uma Kombi, eu e minha sócia, Márcia, e começamos?, comentou.

Para completar a rodada de mulheres que resolveram dominar o mundo da cerveja com empoderamento total, a apresentadora Camila Tíssia chamou a cantora Katê, que lançou recentemente o clipe da música ?Já deu Xabú?, em parceria com o cantor Bruno Magnata, vocalista da banda La Fúria. O vídeo, que começa com a história de uma mulher enganada pelo ?crush?, termina com uma reviravolta feminina.

?A gente vem lutando, as mulheres vêm buscando essa igualdade, essa quebra de preconceitos que existem há tantos anos e que é uma luta diária para conseguir mudar. No clipe, eu mostro isso?, destacou a cantora.

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Foto: Divulgação Dicas da Saideira

Quer saber se o machismo alheio virou cerveja no copo dessas quatro mulheres retadas que se reuniram na mesa de bar para desconstruir a ideia de que cerveja não pertence ao universo feminino? Então fique ligado no programa! Na 23ª rodada, teve música, bebedeira, copo cheio, resenha liberada e poder de sobra com esse quarteto lacração! E aí, preparado para mais uma?

O programa é toda sexta, às 17h30, ao vivo, pelo Facebook do @aratuonline. Acompanhe também o @dicasdasaideira pelas redes sociais!

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