TROCO LIKES: A vida dos instagramers e o dinheiro que recebem pelo número de seguidores

13/06/2017 13h06Atualizado em: 13/06/2017 14h19

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Com o crescimento das redes sociais e suas múltiplas possibilidades, novos desafios e profissões foram surgindo e tem mudado a vida de muita gente. Isso porque as mídias digitais são capazes de movimentar um mercado informal, porém bastante lucrativo para quem encara a prática com seriedade e responsabilidade.

Nos dias atuais, uma publicação pode render lucros que vão muito além das tão sonhadas curtidas, que são frutos de uma popularidade duramente conquistada. Para quem descobriu o poder de ser um Digital Influencer (termo que surgiu do inglês, que significa influenciador digital) sabe que é possível assimilar trabalho e diversão.

No Brasil, alguns nomes como Thaynara OG, Hugo Gloss, Kéfera, Camila Coutinho, Thassia Naves, já são referências nesse área, pois além dos milhares de seguidores que arrastam, eles caíram na graça do público por conta dos vídeos divertidos em seus canais do Youtube.

Fazendo parte dessa tendência, na capital baiana já existem pessoas que são consideradas influentes na web pela quantidade de seguidores nas redes sociais. Por aqui, eles estão ditando as tendência de moda, comportamento e fortalecendo um mercado de parcerias de produtos em diversos segmentos.

Um dos nomes de maior relevância é o de Jessica Dantas de Oliveira, 24 anos, mais conhecida como ‘FalaDantas’, que além de ser Digital influencer, é empresária. Ela conta que seu trabalho na web começou com 10 anos de idade, e objetivo era apenas de dividir dicas de compras baratinhas, receitas caseiras, fazer novas amizades. No entanto, em 2011, ela retomou as atividades e a coisa tomou outra dimensão.

“No meu caso foi muito natural. Não criei nenhuma rede social pra ganhar dinheiro porque naquela época isso nem existia! Mas acredito que as coisas começaram a engrenar mais rápido em 2015, quando fui embaixadora de uma marca de produtos pra cabelos, uma das primeiras marcas a escolher influenciadores como embaixadoras”, explicou.

Jessica conta que com o aumento no número de pessoas que curtiam seu trabalho, a coisa foi se tornando cada vez mais profissional e novas oportunidades foram surgindo.”Normalmente as empresas procuram determinados números sim. No meu caso, começou a aparecer cada vez mais parcerias depois dos 100k no Instagram”.

Ela, que além de acumular mais de duzentos mil seguidores no Instagram, revela que seu canal no youtube é o maior canal de beleza da Bahia, e o alcance já consegue atingir todo o país.

VEJA VÍDEO:

“Já anunciaram conosco marcas como Seda, Coca-Cola, Eudora, Dove, Grippon, Niely entre outras. Além de comerciais de TV para shopping Bela Vista e Intimus. Meu conteúdo é criado pensando no meu público, mas no meu canal de YouTube tem uma série de vídeos, de dicas pra Youtubers e blogueiras iniciantes, onde ensino varias dessas técnicas desde como conseguir mais seguidores até como ganhar dinheiro com blog e YouTube”, concluiu.

Trilhando basicamente o mesmo caminho de ‘FalaDantas’, a Designer Catherine Avilés, de 26 anos, também faz sucessos nas plataformas digitas. Somente em seu perfil no Instagram, ela tem mais de oito mil seguidores e cada foto ou vídeo postado é uma verdadeira chuvas de curtidas, comentários e muita interação.

Segundo Catherine, tudo começou após uma mudança no visual, onde depois de passar pelo procedimento de mudança na cor dos cabelos, ela decidiu compartilhar a transformação com seguidores e com isso conquistou um público enorme.

“Em 2015 eu pintei meu cabelo de loiro e com isso as pessoas começaram a curtir minhas fotos. A mudança teve uma repercussão que eu não esperava, todo mundo queria saber onde e com quem eu fiz a mudança”, explicou.

Ela explica que depois de atingir cinco mil seguidores a diversão na web se tornou trabalho e vários parcerias foram iniciadas. Mas as coisas não tão fáceis, pois segundo ele somente agora é possível colher os frutos dessa fama. “Agora que eu estou começando a ver o resultado, depois de seis meses de trabalho”, pontuou.

Ainda segundo ela, não tem um número específico de seguidores para começar a trabalhar com parcerias, já que isso depende muito do engajamento das publicações e o interesse da marca para aquele momento.

“Tem meninas que tem mil seguidores, outras tem cinco mil e ambas conseguem um resultado satisfatório, tendo uma boa interação com o público”.

Catherine faz questão de enfatizar que, nessa rotina de ter a vida exposta na web, as vezes, é possível acontecer uma troca de experiências, assim como compartilhar momentos que não seriam tão legais. Além das informações comerciais, dicas para cabelo, é possível oferecer até um apoio psicológico para meninas que estão passando pela transição capilar.

“É bom saber que a gente pode ter um poder de influência positiva na vidas das pessoas. Dando apoio moral sobre aquilo que mexe com o sentimentos das pessoas”, disse.

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