DO TÚNEL DO TEMPO: Lairton volta sem seus teclados e boneco Fofão repaginado será vendido

Um foi o maior fenômeno de sucesso e fracasso dos anos 80 por causa de uma lenda urbana, o outro, ídolo do que hoje chamamos de sofrência. O boneco de estética questionável ? Fofão e Lairton têm pelo menos duas coisas em comum: o chá de sumiço que tomaram e a fofura — o cantor reapareceu meigo e mais redondinho. Agora, cada um com os seus motivos resolveram voltar à cena para recuperar o tempo perdido.

O boneco Fofão, fenômeno polêmico dos anos 80 está de volta em uma versão repaginada.  Reza a lenda que o tal brinquedo era primo do Chuck ? O boneco assassino, tudo isso porque mães alegaram ter encontrado um punhal e velas pretas dentro do brinquedo. Depois do boato espalhado, o personagem que estrelava as manhãs infantis do programa Balão Mágico saiu da telinha e das prateleiras das lojas. Agora… Fofão is back!

Esculpido por Orival Pessini, criador do personagem, a nova versão será fabricada por duas marcas ? MCD e Brinquedos Anjo e será comercializado na segunda quinzena de maio. A ideia de relançar o boneco surgiu depois da gravação do DVD #FofãoForever, ?O meu projeto do novo boneco do Fofão vem de algum tempo, e a certeza de que daria certo se confirmou no lançamento do DVD #FofãoForever, pois os adultos se aproximavam com lágrimas nos olhos e as crianças com sorriso nos lábios?, ressalta Pessini lembrando o encontro com várias gerações realizado em dezembro do ano passado.

Lairton reapareceu no programa Universo Axé ? TV Aratu, na tarde desta quinta-feira (5/5), mas o curioso mesmo foi ver o cantor sem seu famoso teclado. Depois de anos fora do mundo musical, ele adotou o violão como companheiro.

Para justificar sua ausência, o interprete da música Morango do Nordeste ? maior sucesso do artista disse que estava enlouquecendo por conta da agenda lotada, ?diminui o número de shows pois estava ficando ‘louco’, e resolvi apenas tocar umas 3 ou 4 vezes por mês. Toquei em várias cidades do nordeste e praticamente morei um tempo no ceará e agora estou de volta a Bahia, montamos um escritório?.

Romântico, Lairton reprova a produção musical dessa nova geração, ?não gosto dessas músicas de duplo sentido, algumas canções que não tem conteúdo acabam fazendo sucesso e eu não acho isso legal. Prefiro o romantismo, falar de amor que é mais a minha cara. Têm pessoas escondidas por aí, que não tem oportunidade no mercado, mas que possuem um talento incrível, que não é aproveitado?, reclama.

Nostalgia define este momento retrô vivido pela sociedade brasileira, agora resta aguardar o novo CD de Lairton e seu violão intitulado de “A saudade bateu”, em referência a sua volta e claro desvendar o que virá dentro do boneco Fofão desta vez. Nós torcemos por um Kinder Ovo.