Hipnose clínica mostra eficácia no tratamento da ansiedade, diz psicoterapeuta

O Brasil lidera o ranking mundial de transtornos de ansiedade, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Em meio ao ritmo acelerado e à sobrecarga mental da vida moderna, a hipnose clínica tem se consolidado como uma ferramenta terapêutica eficaz e cientificamente validada.

Diferente da hipnose voltada ao entretenimento, a hipnoterapia atua diretamente no subconsciente, região responsável por padrões emocionais e comportamentais automáticos. “A hipnose clínica não é mágica, é ciência. Ela reorganiza o funcionamento do cérebro e devolve ao paciente o controle sobre suas emoções”, afirma o hipnólogo e psicoterapeuta Ricardo Garrido, especialista em ansiedade e depressão.

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Durante as sessões, o paciente permanece consciente e em estado de relaxamento profundo, o que permite o acesso seguro a memórias e crenças inconscientes relacionadas à ansiedade, fobias e estresse.

Segundo Garrido, os resultados podem surgir rapidamente. “Quando o cérebro entende que pode reagir de outra forma, a ansiedade perde força. A hipnose ajuda a reprogramar respostas automáticas que antes eram dominadas pelo medo”, explica.

Além da ansiedade, o método tem se mostrado eficaz no tratamento de depressão, compulsões, insônia, traumas emocionais, dores psicossomáticas, baixa autoestima e síndrome de Burnout.

Com formação multidisciplinar, Garrido integra princípios da Neurociência, Psicanálise, Programação Neurolinguística (PNL) e Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) em uma abordagem individualizada. “Cada pessoa traz um padrão emocional único. Por isso, o processo é construído de forma personalizada, respeitando o ritmo e as necessidades de cada um”, destaca.

Mais do que aliviar sintomas, a hipnose clínica busca promover autoconhecimento e reprogramação mental, possibilitando uma transformação emocional duradoura. “O que as pessoas buscam hoje é alívio com propósito. A hipnose devolve o controle interno e cria um novo espaço de liberdade emocional”, conclui Garrido.

Segundo estudo da International Stress Management Association no Brasil (Isma-BR), quase 50% dos brasileiros que estão no mercado de trabalho sofrem de depressão, e que o Brasil ocupa o segundo lugar no ranking mundial nos diagnósticos de Síndrome de Burnout (saúde mental afetada diretamente pelo trabalho), perdendo apenas para o Japão. Além disso, 9 em cada 10 trabalhadores têm sintomas de ansiedade, do grau mais leve ao impactante.