China critica OMS por segunda fase de estudos sobre origem do coronavírus no país; "inconsistente"
Porta-voz chinês afirmou que organização deve manter 'rigor científico' e criticou 'politização' do assunto em alguns países
A China questionou nesta segunda-feira (19/7) o propósito de uma segunda fase de estudos coordenada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para investigar as origens do coronavírus no país, dizendo ser "inconsistente com a posição da China e de muitos outros países".
"A OMS já chegou a uma conclusão clara e já deu as recomendações científicas para a próxima fase dos trabalhos para traçar a transmissão do vírus, incluindo que um vazamento de laboratório seria extremamente improvável", disse o porta-voz do Ministério do Exterior, Zhao Lijian, em entrevista coletiva.
"As conclusões e recomendações deste relatório devem ser respeitadas e mantidas, além de serem completamente refletidas nas próximas fases dos trabalhos", continuou. Além disso, o ressaltou que "alguns países" têm "politizado" o assunto.
A OMS apresentou o planejamento de uma segunda fase dos estudos, um dia após o diretor-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus, declarar que a investigação estava sendo prejudicada pela falta de dados brutos sobre os primeiros dias da transmissão do vírus na China.
Em maio deste ano, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, deu 90 dias para que os serviços de inteligência do país produzam um novo relatório sobre as origens do coronavírus – medida considerada “manipulação política” e “desrespeito à ciência” pela China.
No início do ano, um grupo de pesquisadores de diversas nacionalidades foi a Wuhan para investigar a origem da Covid-19. As conclusões fazem parte de um relatório da OMS publicado em março, que dizia que todas as evidências disponíveis sugeriam que o vírus seria de origem animal e não manipulado ou construído. Entretanto, os autores disseram planejar mais análises.
O diretor da OMS afirmou que a segunda fase das pesquisas incluirá estudos de humanos, vida selvagem e mercados de animais em Wuhan, incluindo no Mercado de Frutos do Mar de Huanan.
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