Manaus vive segunda onda da Covid-19, aponta pesquisa da Fiocruz
Manaus vive segunda onda da Covid-19, aponta pesquisa da Fiocruz
Manaus, um dos primeiros epicentros do novo coronavírus no Brasil, vive uma segunda onda de casos, segundo pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O governo do Amazonas determinou, desde a última sexta-feira (25/9), o fechamento de bares e casas noturnas após constatação de aumento de infecções.
A capital amazonense tem 49.237 pessoas infectadas e 2.487 mortes pelo novo coronavírus desde o início da pandemia e começou a flexibilizar o isolamento social em junho, quando houve uma redução dos casos. A capital foi a primeira capital a registrar colapso no sistema de saúde e funerário, entre abril e maio.
O epidemiologista e autor do estudo, Jesem Orellana, propõe a adoção de lockdown para conter a circulação do vírus. O pesquisador cita um “aumento sustentável da incidência ou de casos novos de síndromes respiratória aguda grave em Manaus há mais de quatro semanas”.
“É indubitável que estamos em uma segunda onda em Manaus, que estamos tendo um elevando número de hospitalizações por casos graves de síndromes respiratória aguda grave. Esse tipo de cenário epidemiológico em que se tem a Prefeitura aumentando os atendimentos nas unidades básicas de saúde, você tem o governo do estado aumentando o número de leitos para internação por casos suspeitos e confirmados de Covid-19, é completamente incompatível com a tese de que temos imunidade de rebanho”, disse ao canal pago GloboNews.
Para o pesquisador, as restrições anunciadas são insuficientes para conter a circulação do vírus na cidade. Ele defende lockdown em toda a cidade pelo período de 14 dias.
“Para você conseguir conter a circulação do vírus não há outra solução que não seja o lockdown e o lockdown rigoroso em que você consiga fazer você consiga fazer uma fiscalização efetiva da mobilidade intermunicipal, tanto da parte de transporte transporte coletivo quanto do transporte privado das pessoas. reduzir os horários de restaurantes, de bares e proibir eventos públicos você não consegue reduzir com esse tipo de estratégia significativa a circulação viral, na verdade o que se faz é desacelerar a propagação”, afirmou.
O governo do estado informou, por meio de nota, que os dados apontam uma alta na média móvel de internações por coronavírus após meses de queda, mas descartou que o estado esteja vivendo uma segunda onda da doença.
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