Saúde

Maior pesquisa brasileira sobre hidroxicloroquina diz que droga não tem eficácia contra Covid-19

Maior pesquisa brasileira sobre hidroxicloroquina diz que droga não tem eficácia contra Covid-19

Por Da Redação

Maior pesquisa brasileira sobre hidroxicloroquina diz que droga não tem eficácia contra Covid-19ilustrativa/Pexels

Uma pesquisa feita pelos maiores hospitais do Brasil mostrou que a hidroxicloroquina não tem eficácia em pessoas que contraíram o novo coronavírus e apresentam quadro leve ou moderado da doença. O estudo foi realizado com 655 voluntários, de 55 hospitais brasileiros, e o resultado foi publicado no jornal New England Journal of Medicine nesta quinta-feira (23/7).


Dentre os pacientes, 217 receberam hidroxicloroquina e azitromicina, enquanto 221 receberam só a hidroxicloroquina e 227 não tomaram nenhuma das duas drogas. Segundo a Folha de S. Paulo, 15 dias depois, 69% do primeiro grupo, 64% do segundo e 68% do terceiro já estavam em casa sem limitações respiratórias, o que mostra que tomar o medicamento não fez nenhuma diferença significativa. O número de mortes dos infectados ficou em torno de 3% em todas as três equipes.


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Os pacientes eram dos hospitais Albert Einstein, HCor, Sírio-Libanês. Moinhos de Vento, Oswaldo Cruz e Beneficência Portuguesa, do Brazilian Clinical Research Institute (BCRI) e da Rede Brasileira de Pesquisa em Terapia Intensiva (BRICNet). Os casos variavam entre aqueles que não precisavam de respiradores e os que demandaram oxigenação suplementar de, no máximo, quatro litros por minuto.


Além da não eficácia, a pesquisa apontou que os dois grupos tratados com hidroxicloroquina apresentaram mais alterações em exames coração, apontando riscos de arritmia, e no fígado, representando chances de lesões hepáticas. A pesquisa começou no último dia 29 de março e foi finalizada em 2 de junho. Os pacientes avaliados no estudo tinham idade em torno de 50 anos, foram admitidos até 48 horas antes do início da pesquisa e seus sintomas tiveram início até uma semana antes. Metade deles era do sexo masculino. De todos os avaliados, 40% eram hipertensos, 21% diabéticos e 17%, obesos.


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