Estudo revela que crianças podem desenvolver síndrome ao contrair a Covid-19 

Apesar de raramente apresentarem sintomas graves da Covid-19, crianças infectadas pela doença podem desenvolver a síndrome inflamatória multissistêmica (MIS-C, na sigla em inglês). Pelo menos é isso o que diz a nova pesquisa conduzida pela Sociedade Radiológica da América do Norte.

Segundo o estudo, divulgado pela Radiology, a síndrome está associada ao Sars-CoV-2 em pacientes que tiveram inflamação das vias aéreas e desenvolveram edemas pulmonares rapidamente, além de terem apresentado inchaços das artérias do coração e grandes alterações inflamatórias intra-abdominais. Os principais sintomas são febre, dores de cabeça, dores abdominais, erupções cutâneas e até conjuntivite. 

A pesquisa revela ainda que a MIS-C apresenta similaridades com a doença de Kawasaki, que também causa inflamação das paredes dos vasos sanguíneos. A inflamação pode causar aneurisma coronariano, cujo tratamento tem a infusão de imunoglobulinas, “uma bomba de anticorpos”.

Na terça-feira (7/7),  a jornalista brasileira Cecília Flesch usou as redes sociais para relatar que a filha de apenas 3 anos havia contraído a doença. Na publicação, a apresentadora alerta outros pais sobre o perigo da exposição de crianças ao vírus pois crianças podem contrair a Covid-19 com consequências. Segundo Flesch, o tratamento com a imunoglobulina é caro e não é disponibilizado a crianças pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Pra quem acha que CRIANÇA e COVID não dão match, segue o fio. Duda, minha filhota e do @renatocunhaa , acordou, há 11 dias, com manchas no corpo e febre. A febre persistiu, por 7 dias. E nesse período começaram a surgir outros sintomas: olhos avermelhados, dedos e boca escamando.

— Cecilia Flesch (@ceciliaflesch) July 6, 2020

Duda, que em 3 meses faz 4 anos, está bem, mas seguirá com a medicação anti-inflamatória em casa e fazendo ecocardiogramas frequentes.

— Cecilia Flesch (@ceciliaflesch) July 7, 2020

Duda tinha uma excelente pediatra, a dra Cristiana Meirelles. A imunoglobulina é caríssima. No sistema público de saúde não é administrada em crianças aparentemente saudáveis ou por prevenção. Ou seja, minha filha está bem, forte e amparada. Mas E QUEM NÃO PODE TER ACESSO A ISSO?

— Cecilia Flesch (@ceciliaflesch) July 7, 2020

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