Primeira morte de policial civil na ativa por coronavírus é registrada; sindicato alerta que unidades podem fechar

O investigador Braz Nivaldo Pompilio de Abreu Filho, de 58 anos, faleceu por conta da Covid-19 e foi o primeiro policial civil na ativa a ser registrado como vítima fatal da doença. O agente era lotado na 7ª Delegacia Territorial (DT/Rio Vermelho) e teve a morte confirmada nesta segunda-feira (1/6). Outro policial, que também teve a Covid-19 como causa da morte, era aposentado.

Segundo o Sindicato dos Políciais Civis (Sindipoc), há pelo menos 57 policiais com a doença, além de outros no aguardo do teste. "Por omissão da Policia Civil. Eu culpo aqui a negligencia da Policia Civil", disse o porta voz da categoria, Eustácio Lopes. Além disso, diversas delegacias podem fechar por falta de policiais ou em protesto contra a falta de equipamentos. 

"Diante dessa omissão da gestão, vai nos restar também, como os rodoviários, para proteger os policiais civis, paralisar as funções. Muitas delegacias já estão paradas por conta dos funcionários infectados. Temos o menor efetivo policial da década", contou ele, em entrevista ao programa Ronda, da TV Aratu. "Além da delegacia do Rio Vermelho, que corre o risco de fechar, nós temos [casos] na de Abrantes, a 1ª Delegacia, a Central de Flarantes... Na Delegacia de Mata de São João nós temos mais de oito policiais civil infectados pelo novo coronavírus e três outros que aguardam a realização do teste", completou.

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Além do novo coronavírus, o sindicato avisa sobre o crescimento de outras doenças. "A DEAM [Delegacia de Atendimento a Mulher], de Brotas, também corre o risco de fechar, primeiro porque além dos policiais serem infectados com Covid, falta a limpeza da área e eles podem ser atingidos por zika, chikungunya e dengue", disse Eustácio.

Outro caso divulgado pelo Sindpoc acontece em Feira de Santana, a 108 km de Salvador, no Complexo de Sobradinho. Dois dos 16 detentos teriam contraído a doença, mas faltam Equipamentos de Proteção Individual (EPI's) para os policiais e até sabão na uniidade, de acordo com denúncias feitas pelo sindicato. 

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