Associações médicas produzem protocolo para definir prioridade de pacientes com coronavírus em leitos de UTI

05/05/2020 22h28Atualizado em: 05/05/2020 22h58

ilustrativa/Pexels

A Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib) e a Associação Brasileira de Medicina de Emergência (Abramede) produziram um protocolo para definir quem são os pacientes com coronavírus que possuem prioridades em leitos de UTI. O documento, feito para ajudar os profissionais de saúde, é baseado em critérios técnicos e éticos.

Segundo informações do UOL, que teve acesso ao registro, as associações médicas criaram uma tabela de critérios que devem ser observados diante da superlotação de leitos de hospitais. Os três básicos são: gravidade, maior grau de sobrevida e capacidade do paciente.

Na primeira versão do documento, que foi lançada ainda em abril, a idade do paciente era levada em conta. Após uma revisão, no entanto, considerou-se que esse critério era discriminatório e inconstitucional.

De acordo com as associações, o texto diz que o princípio mais importante é o de priorizar pacientes com melhores chances de benefício e com maiores expectativas de sobrevida. Para fazer essa triagem, o médico deve observar a estabilização clínica do paciente e avaliar a evolução do quadro.

CRITÉRIOS

1 - Salvar mais vidas

Essa avaliação é feita de acordo com o Sequential Organ Failure Assessment (Sofa), que observa uma série de critérios de dados vitais. Quando maior a pontuação, menor é a chance do paciente sobreviver.

2 - Salvar mais anos de vida

Nesse caso, é necessário avaliar se o paciente possui duas ou mais doenças graves, com probabilidade de sobrevida inferior a um ano.

3 - Capacidade do paciente

O paciente é avaliado em uma escala que vai de "completamente ativo", ou seja, capaz de realizar auto-cuidados básicos, até "completamente incapaz" de realizar cuidades básicos com si mesmo. Em caso de empate, o primeiro critério e a avaliação da equipe médica devem ser levados em conta, para ordem de escolha.

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