"Não farei 'live' para ser censurado", diz Gusttavo Lima após sofrer representação por publicidade com bebidas alcoólicas
"Não farei 'live' para ser censurado", diz Gusttavo Lima após sofrer representação por publicidade com bebidas alcoólicas
O cantor Gusttavo Lima fez um desabafo nas redes sociais na noite desta última quarta-feira (15/4). Ele disse que não fará novas "lives". Isto porque, o sertanejo virou alvo de representação no Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) por causa das propagandas de bebida alcoólica feitas durante transmissões pela internet.
Acho que o grande segredo da live é tirar o lençol do fantasma. Acho que uma Live engessada e politicamente correta não tem graça. o bom são as brincadeiras, a vontade, levar alegria alto astral para as pessoas que estão agoniadas nesse momento. Não farei Live pra ser censurado.
— Gusttavo Lima (@gusttavo_lima) April 16, 2020
O Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) abriu na última terça-feira (14/4) uma representação ética contra as ações publicitárias realizadas nos shows "Live Gusttavo Lima - Buteco em Casa" e "Buteco Bohemia em Casa", do cantor Gusttavo Lima, transmitidos pelas redes sociais nos dias 28 março e 11 de abril.
Segundo o órgão, o processo foi aberto "a partir de denúncias recebidas de dezenas de consumidores", que consideraram que as ações publicitárias realizadas pela Ambev "carecem de cuidados recomendados pelo Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária para a publicidade de bebidas alcoólicas".
A Ambev informou que envia aos artistas patrocinados em lives um guia sobre as regras do Conar, mas disse que algumas orientações não foram seguidas. A empresa disse que vai reforçar essas recomendações. A Ambev e o cantor podem enviar suas defesas ao Conselho de Ética, segundo o Conar, ou adaptar "de imediato o conteúdo publicitário das lives às regras éticas" — ou seja, retirar trechos da transmissão do ar. Ainda não há uma data para o julgamento do processo.
Ao UOL, a assessoria do sertanejo explicou que "o departamento jurídico do artista já está acompanhando o caso, tratando-se, portanto, de uma citação de processo administrativo". O texto esclarece que não se trata de um processo judicial. "Em razão da confidencialidade, citada na intimação do Conar, o escritório Balada Eventos não comentará o caso e se manifestará perante o órgão no prazo legal."
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