Estudos preliminares mostram que cloroquina não reduz taxa de mortes por coronavírus; "estatisticamente, é igual"
Estudos preliminares mostram que cloroquina não reduz taxa de mortes por coronavírus; "estatisticamente, é igual"
Um estudo preliminar feito com a cloroquina pela Fiocruz e pela Fundação de Medicina Tropical, trouxe resultados pouco favoráveis: a taxa de mortalidade do novo coronavírus foi similar entre o grupo de pacientes que usou a droga e o que não usou. As informações são da coluna de Mônica Bergamo, do Uol.
A letalidade no grupo de pacientes com Covid-19 testado, em estado grave, foi de 13%. De 81 doentes internados que tomaram o medicamento, 11 morreram.
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Porém, 18% dos pacientes em iguais condições, que não usaram a droga, não resistiram, de acordo com estudos internacionais. Os pesquisadores acreditam que a proximidade dos dois números não permite afirmar, por enquanto, que a cloroquina possa fazer diferença fundamental no tratamento dos doentes infectados pelo novo coronavírus.
"Os otimistas podem achar que [a taxa com o uso da cloroquina] é menor. Os pessimistas podem achar que é igual. Estatisticamente, é igual, na margem de confiança", diz o infectologista Marcus Lacerda, da Fiocruz, que participa do estudo, à coluna.
A pesquisa deve seguir, portanto, até que os dados sejam conclusivos. "Tudo pode. Mas não podemos achar nada", diz ele, reafirmando que é preciso esperar pelas conclusões científicas e seguras do estudo.
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TESTE
Ainda segundo a reportagem, a ideia inicial era que a metade dos doentes tomasse uma dose de 10g de cloroquina enquanto o outro grupo ingerisse 5g. A dose maior, no entanto, se mostrou tóxica, provocando reações indesejadas, como arritmia e "outras complicações graves", diz Lacerda.
As conclusões preliminares já foram enviadas para publicação numa revista científica, justamente porque os testes mostraram que a dose maior de cloroquina pode causar danos. Outros 440 pacientes, de diferentes hospitais do país, devem ser testados no estudo que pode durar até três meses.
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