Saúde

HGE vira centro de referência para traumas e deixa de atender casos suspeitos ou confirmados de Covid-19

HGE vira centro de referência para traumas e deixa de atender casos suspeitos ou confirmados de Covid-19

Por Da Redação

HGE vira centro de referência para traumas e deixa de atender casos suspeitos ou confirmados de Covid-19Mateus Pereira/GOVBA

A partir do próximo sábado (28/3), o Hospital Geral do Estado (HGE) passa a atender apenas pacientes regulados pelo Samu ou pela Central Estadual a partir de outros hospitais e UPAs de toda a Bahia. Demandas que não representem risco de morte, devem buscar atendimento em uma Unidade Básica de Saúde ou uma UPA. A unidade não receberá, também, casos suspeitos ou confirmados de Covid-19.


Os pacientes dos 417 municípios baianos nas áreas de ortopedia, oftalmologia, otorrinolaringologia e outras, além de queimados, passarão a acessar o Hospital Geral do Estado (HGE) como unidade 100% dedicada a casos graves.


A decisão tem como objetivo focar no combate à pandemia do novo coronavírus, pois, deixando o HGE apenas para traumas, evita-se a chance de contágio e os pacientes com suspeita ou confirmação de Covid-19 serão tratados em ambientes próprios. Só para ter uma ideia, no ano passado, mais de 65 mil pacientes foram atendidos no HGE, dos quais 36% eram clínica médica, casos que poderiam ser resolvidos em unidades básicas de saúde ou unidades de pronto atendimento.


Para o diretor-geral do hospital, André Luciano Andrade, a medida é importante. "Em todos os grandes países há um hospital que é zona livre de Covid-19. Pedimos a compreensão da população neste momento, vai ser um período de adaptação, mas todos vão compreender que é melhor procurar uma unidade que atenda clínica médica”. Outro benefício, segundo André Luciano, é não colocar pessoas infectadas com o coronavírus em contato com outros pacientes. “Nós temos pacientes graves, tratando traumas e o contágio do coronavírus é grande”.


André Luciano destaca que o HGE possui uma equipe altamente preparada para atender traumas em mais de 20 especialidades. “Então, atualmente, desgasta-se equipes muito qualificadas com o atendimento de casos leves, medindo pressão, cuidando de dores abdominais. Eu tenho hoje na emergência do hospital três setores que são praticamente enfermarias. E eu preciso que o hospital tenha mais salas vermelhas para urgências emergências”. Outro fator terá impacto positivo será a aplicação de recursos. “Há pacientes de clínica médica que ficam até 40 dias depois de dar entrada e isso também é uma despesa grande. Gasto com medicação, enfermagem, técnico de enfermagem, alimentação seis vezes por dia”. As UPAs mais próximas ao HGE são a dos Barris e a de Brotas.


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