Valdemiro Santiago "esculhamba" "governantes da Bahia" que proibiram cultos; "bate cabeça para demônio"
Valdemiro Santiago "esculhamba" "governantes da Bahia" que proibiram cultos; "bate cabeça para demônio"
Os números alarmantes de casos e mortes por coronavírus no Brasil e no mundo parecem não ser suficientes para convencer líderes religiosos a suspender cerimônias em igrejas e eventos que reúnem um número significativo de pessoas dentro do mesmo espaço. É o caso do principal nome da Igreja Mundial do Reino de Deus, pastor Valdemiro Santiago. Em um vídeo, o líder manda um 'recado' para governantes da Bahia que estão barrando a realização de cultos e missas para evitar o avanço do Covid-19.
"Nós acatamos, mas eu não sou obrigado a concordar. Vou acatar porque é lei e Deus me mandou obedecer as autoridades. Não vou obedecer porque você me ameaçou. Você aí da Bahia que gravou um vídeo batendo no peito dizendo que vai usar a força policial, que vai usar o decreto, que vai prender pastor...você não é nada. E cuidado, 'hein?!' Não comigo, com o corona, que está batendo na sua porta. Não vem me ameaçar, não. Não tenho medo de você. Você bate cabeça para o demônio aí na Bahia", disse Santiago, sem citar nomes.
Na última semana, o governador Rui Costa (PT) decretou a suspensão de eventos, inclusive religiosos, com mais de 50 pessoas por, pelo menos, 30 dias. Nesta segunda-feira (23/3), o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), anunciou que a capital baiana vai aderir à decisão e contará com o apoio da Polícia Militar para fiscalizar os templos. Além dessa decisão, os gestores baianos têm tomado uma série de medidas de prevenção contra o avanço da doença para evitar que os números cresçam como tem acontecido em outros países.
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MAIS QUE NÚMEROS
O número de casos de coronavírus no Brasil subiu para 1.546 e o de mortes já chega a 25, segundo informou o Ministério da Saúde neste domingo (22/3). No último balanço oficial do governo, divulgado no sábado (21/3), o total de infectados chegava a 1.128 e havia 18 óbitos contabilizados. Houve um aumento de 37% no número de casos e de 39% no número de mortos.
Na Bahia, já são um total de 63 pacientes com a doença. Outros 601 foram descartados e não há óbitos registrados. Nem mesmo esses dados parecem ser suficiantes para abrir os olhos de alguns, que optam por expor os seus grupos de seguidores, sem medir as consequências que as suas ações podem trazer para os fiéis.
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