Deputado federal elogia iniciativa de ministro para readquirir refinaria privatizada na Bahia
Alexandre Silveira, do Ministério de Minas e Energia, defendeu que o Governo Federal compre de volta a Refinaria Landulpho Alves (RLAM), vendida a um fundo árabe por metade do seu valor de mercado
Câmara dos Deputados
Autor do requerimento para a Audiência Pública realizada na Câmara dos Deputados, no último dia 18, que discutiu o aumento de preço dos combustíveis e do gás na Bahia após a privatização da Refinaria Mataripe, o deputado federal Jorge Solla (PT) parabenizou o Governo Federal pela iniciativa de comprar de volta a empresa hoje comandada pela Acelen.
A Acelen pertence a um fundo árabe, que adquiriu a Refinaria Landulpho Alves, em São Francisco do Conde, recôncavo baiano, em 2021. À época, o valor de US$ 1,65 bilhão pago a Petrobras, avalizada pelo então presidente Jair Bolsonaro, foi considerado por especialistas como a metade do seu valor real de mercado.
"Uma das melhores notícias que poderíamos receber. Fico muito feliz de saber que o ministro Alexandre e o presidente Lula estão empenhados em comprar a Refinaria Mataripe e conceder de volta à Bahia o direito de praticar um um preço equiparado com o restante do país", apontou o parlamentar.
Em maio deste ano, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, decretou o fim da política de paridade de preços de importação (PPI), mas a Acelen, empresa de energia criada pelo grupo Mubala, continua praticando um dos preços mais altos de todo o país. O único lugar em que é superado é no Amazonas, na Reman, refinaria que também foi privatizada. "A privatização coloca em risco a nossa segurança energética e, consequentemente, o bem-estar da nossa população, pois o Estado fica sem o controle sobre as políticas de preço, impedindo que o mercado se estabilize e prejudicando os consumidores. Em pouco tempo o Brasil já retomou investimentos nas universidades públicas, repasses às instituições de saúde que definhavam sem recursos, e diversas políticas públicas que já se mostraram eficientes no passado. Agora, o governo dá mais um passo importante para progredir na reconstrução do país", complementou Solla.
O ministro afirmou que a intenção com a reaquisição das refinarias que foram privatizadas é de garantir ao Brasil novamente segurança no abastecimento de suprimentos e um preço menor de revenda para os consumidores finais. Ele também reforçou que ter o controle do refino de petróleo é conferir ao país um melhor posicionamento na geopolítica.
Ademário Costa, ex-presidente do PT em Salvador e pré-candidato a vereador na cidade, se pronunciou sobre a fala do ministro e disse que ela mostra o compromisso do governo Lula em reconstruir a "soberania nacional". Segundo o petista, o alto valor dos combustíveis na Bahia é insustentável, e que neste cenário a reestatização da RLAM pode ser a principal saída. "O que Lula está fazendo agora é, justamente, tentar a reconstrução da nossa soberania nacional. Não é possível mais aguentar o valor da gasolina e do gás na Bahia, não é possível que nosso estado não esteja atrelado à política de paridade e continue prejudicado", analisou.
"Nossa luta é pelo fortalecimento da Petrobras e em defesa da nossa soberania, de termos nas mãos o controle da nossa matriz energética", concluiu.
No último dia 18, Solla comandou uma Audiência Pública que debateu a alta de preços no estado após a venda da refinaria pelo governo Bolsonaro. Na ocasião, foi enviado um representante da Casa Civil para representar o governo, e teve a participação do gerente de Comercialização no Mercado Interno da Petrobras, representando a estatal, Diogo Gonçalves Bezerra. Participaram também o coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar e o coordenador-geral do Sindipetro, Jairo Batista.
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A Acelen pertence a um fundo árabe, que adquiriu a Refinaria Landulpho Alves, em São Francisco do Conde, recôncavo baiano, em 2021. À época, o valor de US$ 1,65 bilhão pago a Petrobras, avalizada pelo então presidente Jair Bolsonaro, foi considerado por especialistas como a metade do seu valor real de mercado.
"Uma das melhores notícias que poderíamos receber. Fico muito feliz de saber que o ministro Alexandre e o presidente Lula estão empenhados em comprar a Refinaria Mataripe e conceder de volta à Bahia o direito de praticar um um preço equiparado com o restante do país", apontou o parlamentar.
Em maio deste ano, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, decretou o fim da política de paridade de preços de importação (PPI), mas a Acelen, empresa de energia criada pelo grupo Mubala, continua praticando um dos preços mais altos de todo o país. O único lugar em que é superado é no Amazonas, na Reman, refinaria que também foi privatizada. "A privatização coloca em risco a nossa segurança energética e, consequentemente, o bem-estar da nossa população, pois o Estado fica sem o controle sobre as políticas de preço, impedindo que o mercado se estabilize e prejudicando os consumidores. Em pouco tempo o Brasil já retomou investimentos nas universidades públicas, repasses às instituições de saúde que definhavam sem recursos, e diversas políticas públicas que já se mostraram eficientes no passado. Agora, o governo dá mais um passo importante para progredir na reconstrução do país", complementou Solla.
O ministro afirmou que a intenção com a reaquisição das refinarias que foram privatizadas é de garantir ao Brasil novamente segurança no abastecimento de suprimentos e um preço menor de revenda para os consumidores finais. Ele também reforçou que ter o controle do refino de petróleo é conferir ao país um melhor posicionamento na geopolítica.
Ademário Costa, ex-presidente do PT em Salvador e pré-candidato a vereador na cidade, se pronunciou sobre a fala do ministro e disse que ela mostra o compromisso do governo Lula em reconstruir a "soberania nacional". Segundo o petista, o alto valor dos combustíveis na Bahia é insustentável, e que neste cenário a reestatização da RLAM pode ser a principal saída. "O que Lula está fazendo agora é, justamente, tentar a reconstrução da nossa soberania nacional. Não é possível mais aguentar o valor da gasolina e do gás na Bahia, não é possível que nosso estado não esteja atrelado à política de paridade e continue prejudicado", analisou.
"Nossa luta é pelo fortalecimento da Petrobras e em defesa da nossa soberania, de termos nas mãos o controle da nossa matriz energética", concluiu.
No último dia 18, Solla comandou uma Audiência Pública que debateu a alta de preços no estado após a venda da refinaria pelo governo Bolsonaro. Na ocasião, foi enviado um representante da Casa Civil para representar o governo, e teve a participação do gerente de Comercialização no Mercado Interno da Petrobras, representando a estatal, Diogo Gonçalves Bezerra. Participaram também o coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar e o coordenador-geral do Sindipetro, Jairo Batista.
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