"Poderíamos ter 20 ou 30 cadáveres", diz secretário das Penitenciárias sobre briga de facções no complexo de Salvador

O secretário de Administração Penitenciária e Ressocialização da Bahia, Nestor Duarte, comentou nesta segunda-feira (21/2) a rebelião que terminou em chacina de cinco presos do Complexo Penitenciário da Mata Escura, em Salvador. Na avaliação do gestor, a tragédia poderia ser ainda maior caso as forças policiais não agissem com êxito. 

"Se não tivéssemos feito essa contenção, poderíamos ter 20 ou 30 cadáveres. É uma coisa inusitada, uma briga de facções dentro da unidade prisional, onde uma facção quer liderança sobre outra. Aí, entram em luta corporal letal", pontuou o chefe da SEAP durante entrevista ao programa da TV Aratu, Cidade Aratu. 

A ocorrência começou às 15h45 do domingo (20/2), quando policiais penais ouviram disparos de arma de fogo, no Módulo II da Lemos Brito. Guarnições do Batalhão de Guardas (BG) da Polícia Militar foram até o local e impediram a fuga de detentos pela porta principal.

Na sequência, com reforços de equipes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), Batalhão de Choque, Graer, Apolo, Gêmeos e Companhia Independente de Policiamento Tático (CIPT/Rondesp Central), os militares entraram na unidade prisional, reestabelecendo o controle. Armas brancas e de fogo foram apreendidas.

Duarte citou ainda que, nos próximos dias, serão inauguradas duas novas unidades penitenciárias, com 533 vagas em cada, nas cidades de Brumado e Irecê. Na entrevista, o titular da SEAP confirmou que entregou o cargo ao governador Rui Costa (PT) por questões políticas. No vídeo abaixo, você confere as afirmações na íntegra: 







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