Política

Câmara de Salvador marca reunião entre comissões para discutir alterações na Política de Meio Ambiente e outros dois projetos

As matérias ainda não têm data para serem votadas pela Câmara Municipal.

Por Matheus Caldas

Câmara de Salvador marca reunião entre comissões para discutir alterações na Política de Meio Ambiente e outros dois projetosAntônio Queirós / Divulgação

O presidente da Câmara de Salvador, vereador Geraldo Jr. (MDB), convocou reunião conjunta entre as comissões da Casa para a próxima segunda-feira (13/12), com intuito de analisar três projetos enviados pela Prefeitura: O encontro acontece às 10h, de forma semipresencial. A informação consta na edição desta quinta-feira (9/12) do Diário Oficial.


Os parlamentares analisarão alterações nos textos da Política Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; da criação da Política de Incentivo à Energia Solar Fotovoltaica; e do pedido de autorização para destinação de recursos do orçamento municipal para de direito privado sem fins lucrativos.


Em relação à Política de Meio Ambiente, o prefeito Bruno Reis (DEM) sugere a criação do Fundo Municipal de Recursos para o Meio Ambiente (FMMA). No projeto, o chefe do Palácio Thomé de Souza argumenta que “os recursos financeiros do FMMA serão aplicados nas ações, programas, projetos e atividades do Sistema Municipal Integrado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Sismuma), conforme deliberação do Conselho Gestor do Fundo Municipal de Recursos para o Meio Ambiente”.


O colegiado gestor citado por Bruno será composto por três membros, indicados pelo Sismuma – que presidirá o grupo –, pela Secretaria Municipal da Fazenda (Sefaz) e pelo órgão executor de licenciamento e fiscalização.


Além destas alterações, a Casa Civil será incluída no rol dos participantes do Conselho Municipal de Resiliência. A pasta é responsável pela formulação estratégica de resiliência de Salvador. “Por equívoco não constou da formação inicial”, explica Bruno Reis. 


O projeto também propõe a extinção do artigo 209 em vigor, que determina que o FMMA tenha contabilidade própria e que as contas sejam submetidas à apreciação do Tribunal de Contas do Município. 


Em relação à Política de Incentivo à Energia Solar, Bruno Reis destaca que “a política municipal terá como finalidade o incentivo à instalação de microgeração e minigeração distribuída solar fotovoltaica, a mitigação dos gases de efeito estufa (GEE), a capacitação profissional, a redução de desigualdades socioeconômicas e o desenvolvimento científico e tecnológico na área de energia solar fotovoltaica”. 


VEJA ABAIXO AS NOVE DIRETRIZES DO PLANO:


1.    Estimular investimentos, implantação, uso e desenvolvimento de sistemas de geração distribuída de energia solar, por autoprodução e geração compartilhada, em empreendimentos públicos e privados, residenciais, comunitários, comerciais e industriais, aumentando e diversificando a matriz energética do Município;


2.    Incentivar a geração de empregos e a capacitação profissional da população, fomentando mão-de-obra para atuação no segmento de energia solar fotovoltaica;


3.    Fomentar o uso, a comercialização e a instalação de sistemas fotovoltaicos de energia solar, através de incentivos fiscais, financeiros, urbanísticos, sociais, tecnológicos e ambientais; 


4.    Promover pesquisas e estudos voltados ao desenvolvimento científico e tecnológico para ampliação do uso da energia elétrica a partir da matriz solar fotovoltaica, inclusive com campanhas educativas sobre as vantagens do uso da energia solar; 


5.    Implementar incentivos fiscais por meio dos tributos de competência municipal, buscando ampliar o uso e promover o desenvolvimento da energia solar fotovoltaica; 


6.    Promover o uso e desenvolvimento da energia solar fotovoltaica em programas habitacionais, em especial para a população de baixa renda; 


7.    Estimular a implantação da energia solar nos órgãos da administração direta e indireta do Município, bem como de projetos de eficiência energética, visando à diminuição, por parte do poder público, dos gastos com a energia elétrica convencional e da emissão de gases de efeito estufa (GEE) na cidade; 


8.    Atrair e desenvolver empresas e empreendimentos e apoiar a implementação de soluções e projetos de descarbonização baseadas na geração de energia solar fotovoltaica; 


9.    Desenvolver a criação de usinas solares de micro ou minigeração distribuída nas regiões de maior potencial para uso da energia solar fotovoltaica no Município.


A Prefeitura também se compromete, no texto, a oferecer incentivos urbanísticos, financeiros e tributários para fomento do sistema – há previsão de benefícios de ISS e do IPTU Amarelo.


O último projeto se refere a disponibilização de recursos municipais para entidades sem fins lucrativos, que, segundo justificativa de Bruno Reis, “visam a prestação de serviços essenciais de Educação, Cultura, Saúde, Assistência Social, Justiça, Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia e outras áreas consideradas de interesse público pela Administração Pública Municipal”. 


Ao todo, 652 entidades estão pré-autorizadas a receber os recursos (veja lista completa aqui). “Para o recebimento de subvenções, contribuições e auxílios a que se refere este artigo, as entidades deverão atender às exigências e condições previstas na legislação pertinente”, pondera o prefeito.


As matérias ainda não têm data para serem votadas pela Câmara Municipal.


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