Bolsonaro diz que vai vetar fundo eleitoral de R$ 5,7 bilhões aprovado pelo Congresso Nacional; “o valor é astronômico!"
Na semana passada, durante sessão do Congresso, parlamentares ampliaram gastos para campanha de 2022.
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou em entrevista à TV Brasil, na noite desta segunda-feira (19/7), que vai vetar o Fundo Eleitoral de R$ 5,7 bilhões, aprovado pelo Congresso Nacional na semana passada.
Segundo o presidente, o novo Fundo Eleitoral será vetado em respeito ao trabalhador brasileiro e porque é necessário "conviver em harmonia com o Legislativo".
“O valor é astronômico, mais de R$ 6 bilhões para se fazer campanha eleitoral. […] Então, é uma cifra enorme, que no meu entender está sendo desperdiçada, caso ela seja sancionada. Posso adiantar para você que não será sancionada”, disse o mandatário.
“Eu tenho que conviver em harmonia com o Legislativo. E nem tudo que eu apresento ao Legislativo é aprovado. E nem tudo que o Legislativo aprova, vindo deles, eu tenho que sancionar do lado de cá. Mas a tendência nossa é não sancionar isso daí em respeito ao trabalhador, ao contribuinte brasileiro”, prosseguiu.
Na última quinta-feira (15/7), o Congresso Nacional aprovou o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2022. No Plenário da Câmara dos Deputados, o texto foi aprovado por 278 votos a 145. Já o placar no Senado Federal foi de 40 a 33.
A LDO determina as metas e prioridades para os gastos do governo para o ano que vem. Entre os principais pontos do texto aprovado, está o aumento dos recursos destinados ao financiamento da campanha eleitoral do próximo ano.
Segundo cálculos dos técnicos da Comissão Mista de Orçamento (CMO), o valor para financiamento público de campanha passará a ser exatamente de R$ 5,73 bilhões, no entanto, esse montante não aparece no relatório final. Em 2020, foram R$ 2 bilhões, quando foram eleitos prefeitos e vereadores.
Com o resultado, a matéria seguiu para sanção presidencial. Os vetos do presidente a trechos de projetos aprovados pelo Congresso Nacional devem ser analisados pelos parlamentares, que podem mantê-los ou derrubá-los.
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