Afastado da Prefeitura de São Paulo, Bruno Covas é internado em UTI para tratar câncer e apresenta sangramento
De acordo com Covas, por conta do surgimento de novos focos da doença, ele irá precisar de "dedicação integral ao tratamento".
divulgação/prefeitura de São PauloO prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), anunciou neste último domingo (2/5) que irá se afastar da gestão por 30 dias para poder se dedicar exclusivamente ao tratamento médico contra o câncer. Nesse período, o cargo deverá ser exercido pelo vice, Ricardo Nunes (MDB).
De acordo com Covas, por conta do surgimento de novos focos da doença, ele irá precisar de "dedicação integral ao tratamento". Ainda segundo o prefeito, o período "não será compatível com as suas responsabilidades e compromisso com a cidade e os paulistanos”. Ele já estava atuando em regime de teletrabalho nos últimos dias.
Bruno Covas foi diagnosticado eadenocarcinoma, um tipo de câncer na região de transição do esôfago para o estômago, em outubro de 2019. Além disso, ele também descobriu uma metástase no fígado e uma lesão nos linfonodos.
Após o diagnóstico, ele passou por um tratamento de quatro meses de quimioterapia. Em fevereiro de 2020, exames demonstraram regressão da lesão esôfago-gástrica e da lesão hepática, mas uma biópsia detectou que o câncer nos linfonodos ainda persistia e os médicos decidiram então iniciar uma nova fase de tratamento,baseado em imunoterapia, uma estratégia que permite ao próprio sistema imune do paciente combater a doença. Em abril do mesmo ano, exames demonstraram controle da lesão em linfonodos.
Já em fevereiro de 2021, Covas passou por um novo tratamento de quimioterapia, após os médicos descobrirem um novo nódulo no fígado. Um mês depois, exames de controle demonstraram novos pontos da doença no fígado e nos osso. Com a descoberta, os médicos decidiram dar continuidade ao tratamento com quimioterapia, além de imunoterapia. O prefeito de São Paulo teve alta em 27 de abril, mas seu tratamento contra a doença deverá continuar, com aplicações de 48 horas a cada duas semanas.
O pedido de afastamento de Covas foi encaminhado à Câmara Municipal nesta terça (3).
INTERNAMENTO
No domingo (2/5), Bruno Covas foi internado no Hospital Sírio Libanês, na capital paulista, para fazer exames de rotina de sangue, de imagem e endoscópios. A endoscopia, no entanto, acabou demonstrando um sangramento no local do tumor inicial e os médicos decidiram interná-lo em uma UTI.
Segundo boletim médico divulgado nesta segunda-feira (3/5), ele foi submetido a uma intubação orotraqueal e está recebendo as medidas de suporte clínico. Ainda conforme os médicos, o sangramento está sendo controlado com medidas de hemostasia local.
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