Taxa de desemprego sobe e chega a 13,1% em julho, aponta pesquisa do IBGE
Taxa de desemprego sobe e chega a 13,1% em julho, aponta pesquisa do IBGE
O fechamento de mais de postos de trabalho em julho e a maior procura por um emprego por quem foi demitido fizeram a taxa de desemprego voltar a subir. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, do IBGE, divulgados nesta quinta-feira (dia 20/8), indicam que o percentual mensal acelerou de 12,4%, em junho, para 13,1%, em julho, no maior patamar desde maio, início da pesquisa. Ao todo, 12,3 milhões de brasileiros estão de desempregados.
O quadro geral do mercado de trabalho apresentou deterioração em relação a junho. A queda do número de pessoas ocupadas foi o principal fator de expansão da taxa de desocupação. Economistas ponderam que a alta do desemprego deve ser uma tendência nos próximos meses, com o fim das medidas de sustentação de renda do governo, como auxílio emergencial e seguro-desemprego. Com a única fonte de renda de muitas famílias ficando escassa, a tendência é que mais pessoas saiam de casa na busca por uma vaga.
Em julho, 30,2 milhões de domicílios brasileiros, ou 44,1% do total, receberam algum auxílio emergencial relacionado à pandemia.Isso corresponde a mais 813 mil lares beneficiados, na comparação com o mês anterior.
MEDIDAS DE ISOLAMENTO SOCIAL
Em relação às medidas restritivas de isolamento, a PNAD revela que as mulheres registraram percentuais maiores que os verificados para os homens no cumprimento dessas recomendações. Em relação aos grupos de idade, a restrição ficou maior entre aqueles até 13 anos de idade e entre os com 60 anos ou mais – para estes, 84,5% ficou em casa saindo apenas em caso de necessidade ou ficou rigorosamente em casa.
Na região Norte, quase 40% das crianças do fundamental e quase metade das do ensino médio ficaram sem atividades escolares para realizar durante o mês de julho. Por outro lado, no Sul, 91,7% das crianças do fundamental e quase 90% das do ensino médio conseguiram ter atividades escolares para realizar.
As pessoas pertencentes às classes mais baixas de rendimento domiciliar per capita em salários mínimos tiveram percentuais maiores de crianças e adolescentes sem atividades. Entre os que viviam em domicílios com rendimento per capita de até meio salário mínimo, 24,2% não tiveram atividades escolares, contra 9,5% nos domicílios com rendimento domiciliar per capita de 4 ou mais salários mínimos.
Na análise dos pedidos de empréstimos, segundo as fontes, a categoria Banco ou Financeira foi a mais frequente (75,7%). O percentual de domicílios onde algum morador conseguiu empréstimo com amigos ou parentes ficou em 23,6%. O mesmo comportamento foi observado em todas as regiões.
Já os itens básicos de higiene e proteção estão mais presentes em domicílios com rendimento per capita mais elevado. Destaca-se a menor presença de álcool 70% entre domicílios com menos de meio salário mínimo per capita na Região Norte (90,5%).
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