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Sérgio Cabral denuncia propina de R$ 30 milhões a filho de Lula e desembargador se pronuncia

Sérgio Cabral denuncia propina de R$ 30 milhões a filho de Lula e desembargador se pronuncia

Por Da Redação

Sérgio Cabral denuncia propina de R$ 30 milhões a filho de Lula e desembargador se pronuncia reprodução

O ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, deu uma nova declaração sobre o esquema de corrupção em que está sendo julgado. O ex-gestor estadual fez uma "autodeclaração" dizendo ter pago R$ 30 milhões ao filho do ex-presidente Lula, Fábio Luís - o "Lulinha" -, a pedido do petista


Porém, de acordo com o jornal Folha de São Paulo, o desembargador João Pedro Gebran Neto, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, desconsiderou a declaração. A denúncia foi dada por Cabral dois dias antes do julgamento de Lulinha e, para o desembargador, há falta de provas.


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Gebran julga nesta quarta (11/3) um habeas corpus apresentado pela defesa de Lulinha no processo em que é investigado por receber propina da Oi no âmbito de uma operação denominada Mapa da Mina. Se aceito, o processo será transferido para São Paulo, mas o Ministério Público Federal (MPF) tenta manter a ação em Curitiba alegando que o caso tem relação com a Petrobras.


DENÚNCIA


Na autodeclaração, Cabral diz que solicitou à Oi que pagasse R$ 30 milhões a uma empresa de Fábio Luís para que ela prestasse serviços de tecnologia na área de educação.


A empresa de telefonia mantinha contratos com o governo para executar os programas "Conexão Educação" e "Conexão Professor". Segundo Cabral, o empresário Sérgio Andrade, dono da Oi, disse a ele que o dinheiro seria descontado de uma conta de propina que o grupo mantinha com Lula e que incluía a remuneração por serviços prestados pelo conglomerado também à Petrobras.


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A autodeclaração foi apresentada pelo MPF pedindo que o processo continue em Curitiba. A defesa de Fábio Luís disse, em nota enviada ao portal, que a procuradoria apresentou uma "autodeclaração" de Cabral que não tem provas "nem fatos que possam ser verificados".


Afirma ainda que, em vez de desconfiar "de cada palavra 'autodeclarada' de Cabral, preferiu "alardear" o que ele diz sem verificar a veracidade das informações.


REJEIÇÃO


Para o desembargador, o habeas corpus "está maduro" para ser julgado. Gebran afirma não ver razão para dar "eficácia" à declaração de Cabral, juntada "na antevéspera da sessão de julgamento".


"O que sabemos é que o ex-governador acordou em sua cela na cadeia e, do nada, decidiu fazer uma “autodeclaração” envolvendo o filho do ex-presidente Lula e a Petrobrás. Ele chamou seu advogado, que convenceu um delegado federal a ouvi-lo e em poucas horas a “autodeclaração” foi tomada a termo e remetida ao MPF, que a apresentou como prova no processo a fim de rejeitar o habeas corpus pedido pela defesa, tudo isso às vésperas do julgamento", argumenta a defesa de Lulinha.


"A narrativa fantasiosa e contraditória de Cabral parece servir na medida exata aos propósitos dos procuradores da Lava Jato, que precisam demonstrar um link entre Fábio Luís da Silva e a Petrobras para seguir com sua investigação em Curitiba. Três meses após a apresentação dos argumentos da defesa em um pedido de habeas corpus, a “autodeclaração” de Cabral é tudo que os procuradores conseguiram", dizem ainda os advogados.


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