Povos indígenas isolados contraem coronavírus e especialistas temem que comunidade seja dizimada
Povos indígenas isolados contraem coronavírus e especialistas temem que comunidade seja dizimada
Os dois primeiros casos de coronavírus entre povos indígenas da Colômbia foram confirmados na última terça-feira (31/3), aumentando os temores de que a doença altamente contagiosa dizime comunidades vulneráveis. Os casos foram identificados em duas pessoas do grupo Yukpa, que vive em condições de pobreza em um aglomerado de abrigos e barracas em Cúcuta, cidade fronteiriça do norte, de acordo com a Organização Nacional Indígena da Colômbia (Onic), a principal autoridade indígena do país.
Especialistas de saúde dizem temer que o coronavírus se dissemine rapidamente entre comunidades que têm pouca imunidade a doenças comuns na população em geral. Seus sistemas imunológicos muitas vezes são frágeis, e sujeitos a desnutrição, hepatite B, diabetes e doenças respiratórias como a tuberculose, dizem os especialistas.
Cerca de 2 milhões de indígenas vivem em 115 grupos diferentes no país, das montanhas do norte à floresta tropical amazônica no sul. As 56 mil famílias indígenas que moram perto de cidades grandes e pequenas estão particularmente em risco, assim como as que moram em áreas de fronteira, alertou a Onic.
Como algumas aldeias têm dezenas de pessoas ou menos, as mortes do coronavírus podem levar comunidades inteiras à extinção, de acordo com a Onic e grupos de defesa dos direitos indígenas. No início de março, líderes indígenas de toda a Colômbia orientaram as comunidades a se interditarem, a manterem estranhos à distância, adotarem o distanciamento social e suspenderem aulas e encontros em terras ancestrais.
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