Ministro Marcos Pontes anuncia desenvolvimento de vacina pela USP de Ribeirão Preto
A solicitação apresentada na quinta-feira (25) pelo grupo foi para que os pesquisadores envolvidos no desenvolvimento do imunizante possam dar andamento às fases 1 e 2 dos testes clínicos, que envolvem a avaliação em humanos. Em coletiva de imprensa, Marcos Pontes informou que inicialmente serão 360 voluntários.
O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), Marcos Pontes, anunciou, nesta sexta-feira (26/3), que pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto, em parceria com as empresas Farmacore Biotecnologia e PDS Biotechnology Corporation, estão desenvolvendo uma vacina 100% brasileira.
Com recursos do governo federal, os pesquisadores entraram com pedido na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de realização de testes para o imunizante, batizado de Versamune-CoV-2F. Quem lidera a pesquisa é o professor titular da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto, Célio Lopes Silva.
A solicitação apresentada na quinta-feira (25) pelo grupo foi para que os pesquisadores envolvidos no desenvolvimento do imunizante possam dar andamento às fases 1 e 2 dos testes clínicos, que envolvem a avaliação em humanos. Em coletiva de imprensa, Marcos Pontes informou que inicialmente serão 360 voluntários.
O anúncio foi feito horas depois de o governador de São Paulo, João Doria, anunciar que o Instituto Butantan está desenvolvendo uma nova vacina totalmente nacional, a Butantanvac, e que o órgão entrará com pedido de autorização na Anvisa para os estudos clínicos.
Perguntado por que o anúncio do governo federal foi no mesmo dia do realizado pelo governo de São Paulo, Pontes disse que é uma “coincidência”. “Não tem nada a ver uma coisa com a outra. Eu estava na expectativa de anunciar. Ia fazer assim que entrassem [com o pedido na Anvisa]. Começaram em fevereiro a apresentar os documentos para a Anvisa. É uma coincidência que ele [governador João Dória] tenha anunciado em São Paulo”, disse o titular do MCTI.
Em rápida entrevista, Marcos Pontes destacou que o ministério vem financiando pesquisas desde fevereiro do ano passado, mas que teve dificuldades para obter novos recursos no fim do ano e em fevereiro, mas remanejou recursos da pasta para o projeto coordenado pelo professor da USP de Ribeirão Preto.
“Em fevereiro uma dessas vacinas se adiantou bastante com a Anvisa. Busquei no MCTI recursos de outros projetos para apoiar os testes clínicos”, disse.
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