Saúde

Bolsonaro quer uso de cloroquina para pacientes com sintomas leves: "pode não dar certo, mas estamos em uma emergência"

Bolsonaro quer uso de cloroquina para pacientes com sintomas leves: "pode não dar certo, mas estamos em uma emergência"

Por Da Redação

Bolsonaro quer uso de cloroquina para pacientes com sintomas leves: "pode não dar certo, mas estamos em uma emergência" Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro quer incluir o uso da cloroquina, e seu derivado hidroxicloroquina, no protocolo de atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS) de pacientes com sintomas leves da Covid-19. O desejo foi anunciado ao ministro da Saúde, Nelson Teich, durante reunião nesta quarta-feira (13/5).  “O meu entendimento, ouvindo médicos, é que ela deve ser usada desde o início por parte daqueles que integram o grupo de risco. [Para] pessoas com comorbidades ou de idade, já deve ser usada a hidroxicloroquina”, disse Bolsonaro ao deixar o Palácio da Alvorada.


Para o presidente, “pode dar certo, pode não dar certo [a cura do paciente]”, mas enquanto não houver medicamento eficaz contra a Covid-19, a cloroquina deveria ser utilizada. Apesar de saberem que não tem confirmação científica da sua eficácia, mas como estamos em uma emergência, a cloroquina, que sempre foi usada desde 1955, e agora com a azitromicina, pode ser um alento para essa quantidade enorme de óbitos que estamos tendo no Brasil”, disse.


Originalmente a droga é indicada para doenças como malária, lúpus e artrite, mas tem sido usada e estudada, em associação com outros medicamentos, para o tratamento da Covid-19.


No Brasil, o Ministério da Saúde incluiu em seus protocolos a sugestão de uso da cloroquina em pacientes hospitalizados com gravidade média e alta, mas mantendo a norma corrente na medicina de que cabe ao médico a decisão sobre prescrever ou não a substância ao paciente.


O Conselho Federal de Medicina (CFM) não recomenda o uso da droga, mas autorizou a prescrição em situações específicas, inclusive em casos leves, a critério do médico e em decisão compartilhada com o paciente.


“Está sendo usado largamente no Brasil, mas não na rede SUS. Na rede SUS, o médico tem uma cartilha, que é o protocolo. Se ele usa algo diferente daquilo, ele vai ser responsabilizado. E lá está escrito que é apenas para caso grave”, argumentou o presidente.


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