“Estamos nos distanciando do fim da pandemia”, alerta OMS sobre aumento de casos da Covid-19 pelo mundo
Diretora técnica da entidade diz que casos estão em alta em boa parte do mundo, e que transmissão segue descontrolada
A diretora técnica da Organização Mundial de Saúde (OMS), Maria Van Kerkhove, afirmou, nesta segunda (19/7), que a situação da Covid-19 ainda é “muito perigosa” e que o mundo está se “distanciando do fim da pandemia”. De acordo com o alerta da OMS, o mundo apresentou um aumento no número de novos casos de contaminação de 11,5% em apenas sete dias. Além disso, o número de óbitos também teve uma expansão de 1%.
Nas Américas, a alta em contaminações foi de apenas 0,5% e houve uma queda de mortes de 5%. Mas a OMS alerta que não existe nada a ser comemorado. "Foram quase 1 milhão de novos casos nas Américas e 22 mil mortes. Portanto, ainda estamos longe do fim nas Américas", disse Maria van Kerkhove.
Ela destacou a existência de 300 mil novos casos no Brasil e apontou como certos países estão "presos" numa situação de "elevada intensidade de transmissão" e não conseguem promover uma queda mais drástica da contaminação. "Isso é preocupante, já que os instrumentos existem", disse.
Questionado sobre quando a pandemia terminará, o diretor de emergências da OMS, Michael Ryan, explica que é preciso ser honesto: ainda não há resposta. “O que sabemos é que, se fizermos as coisas certas, vamos terminar com a pandemia mais cedo”, declarou.
Ryan ainda criticou governos que, há um ano, optaram por abrir suas economias. "Foi um tiro no pé", alertou. Sem citar nomes, o representante da OMS insistiu que a evolução da doença mostrou que apenas com o controle do vírus é que a economia pode voltar a crescer. Ele admite que certos governos tiveram de abrir suas economias como forma de garantir a renda de sua população. Mas alertou contra líderes que usaram a economia como justificativa. "Isso é uma tolice", criticou. "Se precisar abrir a economia, faça com os olhos abertos, avaliando os riscos", apelou.
A recente alta no número de casos, segundo a OMS, vem ainda da proliferação de novas variantes do vírus. Para a agência, a mutação Delta caminha para ser a versão dominante do coronavírus no mundo, já presente em mais de cem países. Mas a OMS deixa claro que, no atual ritmo de contaminações, essa não será a última mutação.
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