Acusado de ligação com rede de prostituição, casal de Salvador é deportado da Nova Zelândia
Um casal de imigrantes brasileiros na Nova Zelândia foi deportado depois de o serviço de imigração local apontar que marido e esposa estavam envolvidos com uma rede de prostituição que levava mulheres ao país da Oceania para trabalhar na indústria do sexo. A informação foi publicada nesta quinta-feira (18/8), pela Folha de São Paulo.
A investigação, segundo o jornal, se desenrolou ao longo do ano passado até que, em maio, um tribunal decidiu que o casal e seus dois filhos —de dez meses e três anos— deveriam deixar o país. Eles receberam um visto de trabalho de três meses para que pudessem juntar recursos para o retorno.
Ainda de acordo com a Folha, homem e mulher, de 32 e 34 anos, respectivamente, nasceram em Salvador e estão juntos desde 2012, segundo informações da defesa do casal tornadas públicas pela Justiça neozelandesa. A mudança para o país, onde já possuíam outros parentes, ocorreu em 2016.
Conforme a publicação, processo que desaguou na deportação teve início quando o marido, que trabalhava como gesseiro, solicitou a renovação do visto, em março de 2021. Em cinco meses veio a negativa, apontando que ele não seria um candidato de "boa-fé".
Como argumento, o setor alegou que o homem prestava serviços a brasileiras que desejavam se prostituir no país. O trabalho sexual na Nova Zelândia foi descriminalizado em 2003 para maiores de 18 anos — o país, no entanto, impede que portadores de visto temporário trabalhem no ramo, como forma de coibir o tráfico sexual.
A investigação teria acessado dados da conta bancária conjunta do casal e mensagens de WhatsApp que mostram depósitos de brasileiras com essa finalidade, ainda segundo o processo.
A Folha acrescentou que a defesa negou o envolvimento do casal, argumentando que a mulher trabalhava com serviços de administração para as brasileiras, mas sem implicações com a rede de prostituição. O tribunal de imigrações, no entanto, anunciou a deportação em novembro passado.O nome dos brasileiros não foi tornado público. Eles deixaram a nova Zelândia em 4 de agosto.
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