Tensão, ataques e interrupções marcam 1º encontro entre Lula e substituta de Moro
Tensão, ataques e interrupções marcam 1º encontro entre Lula e substituta de Moro
O primeiro encontro entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a juíza federal substituta Gabriela Hardt, que assumiu os processos da Operação Lava Jato após Sergio Moro aceitar um ministério no governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), foi marcado por momentos de tensão e ânimos exaltados.
Já no início da audiência na quarta-feira (14/11), Lula e a juíza se desentenderam e passaram cerca de cinco minutos interrompendo um ao outro. Adotando o mesmo discurso utilizado ao longo do caso do tríplex do Guarujá (SP), que rendeu ao petista sua primeira condenação, o ex-presidente afirmou não entender a acusação existente contra ele.
“Eu sou dono do sítio ou não?”, perguntou à juíza. “Isso é o senhor que tem que responder, não eu, doutor, e eu não estou sendo acusada neste momento”, devolveu ela.
“Não, quem tem que responder é quem me acusou”, rebateu o ex-presidente. A juíza, então, subiu o tom: disse que, se Lula continuasse agindo daquela forma, haveria “um problema”. Deixou claro, em seguida, que ela era a juíza do caso e que faria as perguntas para esclarecimentos necessários, mas que não iria responder a nenhum questionamento.
Lula foi ouvido por Hardt nesta quarta como réu no processo que investiga se o ex-presidente foi beneficiado por meio de reformas realizadas pela Odebrecht, Schahin e OAS em um sítio em Atibaia (SP). De acordo com o MPF (Ministério Público Federal), as obras seriam uma contrapartida a contratos obtidos com a Petrobras de forma fraudulenta. A defesa de Lula nega as acusações.
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