Sindicato acusa empresa de segurança de forjar demissões por justa causa; direção nega
Sindicato acusa empresa de segurança de forjar demissões por justa causa; direção nega
O presidente do Sindicato dos Vigilantes do Estado da Bahia (SindVigilantes/BA) acusa a empresa Guarda Patrimonial, que atua na área, de forjar demissões por justa causa sem que os funcionários tenham cometido nenhuma falta grave. Em contato com o Aratu Online, o presidente da entidade, José Boaventura, afirmou que pelo menos cinco casos com estas características estão sendo analisados apenas em 2015. ?Eles têm criado situações para demitir funcionários, alguns inclusive, com restrições de trabalho”, diz.
Segundo Boaventura, como as negociações com a empresa não tem apresentado progresso, as situações têm sido encaminhadas para a Delegacia do Trabalho e Ministério Público. “Alguns casos a gente têm levado para a Justiça, mas como sabemos que o processo é demorado, evitamos a situação”, pontua.
Com sede em São Paulo e 16 mil funcionários em todo o país, 800 dele na Bahia, a Guarda Patrimonial trabalha, sobretudo, para instituições financeiras como os bancos. Segundo o gerente-geral da empresa no estado, Nilson Carlos de Menezes, o processo de demissão segue todos os protocolos previstos em lei. ?Nós observamos rigorosamente o que reza a CLT. O sindicato é a favor do trabalhador e não admite a justa causa?, explica.
Ele diz ainda que todas as ocorrências são encaminhadas para o departamento jurídico da companhia, em São Paulo, onde são analisadas. O processo só é concluído após orientação da direção. ?Não adianta você dar uma justa causa agora e perder depois na Justiça. Se em um universo de 800 trabalhadores, cinco são afastados, isto mostra que o número não é anormal. Somos prestadores de serviço e a área tem essa característica rotativa?, analisa.
Os representantes do sindicato e da empresa têm uma reunião marcada para a próxima semana, onde devem voltar a discutir o tema.