SEM HORA: Presidente da Comissão de Igualdade Racial explica manifestação de Timbaleiros contra vocalista

A nova cantora da Timbalada, Millane Hora, não foi bem recebida entre os fãs da banda durante sua estreia no primeiro ensaio desta temporada, no Museu du Ritmo, onde acontecem os ensaios de verão do grupo. A ex-The Voice não agradou e recebeu críticas desde o tom de voz, até o fato de ela não ser negra, como a raiz da Timbalada.

Nas redes sociais, os fãs criaram a hashtag #DevolvamNossaTimbalada para manifestar insatisfação e estão organizando um boicote durante o último ensaio do ano, no próximo domingo (18/12). Os boatos no local e nas redes sociais são de que a artista alagoana teria sofrido agressões verbais e injuria racial.

A Presidente da Comissão de Promoção a Igualdade Racial, Dandara Pinho, afirma que direcionar os adjetivos ?branquela? e ?aguada? à Millane não caracteriza injúria racial. ?Não existe racismo reverso. As pessoas estão reclamando da falta de harmonia entre a artista e o conceito da Timbalada?, afirma.

Para Dandara, existe um contexto para as manifestações, já que o estilo da banda mudou muito no último ano e coincidiu com a entrada de Millane. A presidente acredita que os timbaleiros sentem falta do timbau como principal instrumento da banda e uma voz feminina forte no vocal. ?Os fãs têm direito de quererem de volta a essência da Timbalada, não estão praticando injúria ou agressão, só querem qualidade no som de um grupo que os representam?, conclui.