RECORDE DE ENCALHES: Bióloga alerta sobre riscos em aproximação com baleias encalhadas

Nesta quinta-feira (21/9), mais uma baleia foi encontrada morta no litoral baiano, desta vez na região da Boa Viagem, em Salvador. Com isso, sobe para 38 registros de encalhes apenas neste ano, número recorde desde 2010. A cena, bastante recorrente nos últimos meses, chama a atenção das pessoas e algumas até se aproximam, tiram fotos e cortam a carne do animal. Contudo, isso pode oferecer riscos à saúde, como explica a bióloga do Projeto Baleia Jubarte, Luena Fernandes.

“Nossa recomendação é não chegar perto, muito menos consumir a carne do animal, pois não sabemos a causa da morte nem se há riscos de contaminação. A baleia já pode estar em estado de composição, inclusive”, afirmou Luena. Ela disse, ainda, que desde a proibição da caça de jubartes, em 1987, o número de animais da espécie aumentou. Consequentemente, maior a quantidade de encalhes. “Analisamos os animais para saber a causa do encalhe ou morte, mas é um processo que leva tempo”.

Ainda de acordo com Luena, que atua na área há 12 anos e está há 10 no projeto, o encalhe é ‘natural’ no período de julho a outubro, quando as baleias jubartes saem da Antártida para se reproduzir no litoral brasileiro. Condições climáticas, correntes marítimas e ventos fortes também contribuem, assim como, em alguns casos, ações humanas.

Segundo dados levantados pelo projeto, até agora, foram registrados 93 encalhes na costa brasileira.

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*Publicada originalmente às 10h55