Polícia faz nova perícia em apartamento onde menino de 5 anos caiu

Uma nova perícia está sendo realizada na manhã desta quarta-feira (25) no apartamento onde morava o menino de 5 anos que, morreu após cair do 6º andar de uma das janelas,  do Edifício Morena Rosa, localizado na Rua Ariston Bertino de Carvalho, no bairro de Brotas, em Salvador.

Em entrevista ao programa Que Venha o Povo (QVP), a delegada que comanda o caso, Maria Dail, da 6º Delegacia de Brotas, afirmou que  uma perícia complementar precisa ser realizada para esclarecer o ocorrido e também porque existe uma nova versão que exclui o garoto de ter cortado a tela de proteção da janela, por onde ele teria caído. Ela suspeita que o menino tenha escalado a janela (já que existem marcas de pés na parede) e tenha se inclinado contra a tela que não suportou o peso do corpo dele  e teria rompido.

Além disso, o porteiro do edifício teria afirmado para a polícia que o engenheiro Rafael Yokoshiro, pai da criança saía durante às madrugadas com bastante frequência. Ainda conforme a delegada, Rafael será indiciado por abandono de incapaz. No entanto, até a publicação desta matéria ele ainda não teria prestado esclarecimentos, mas segundo a polícia, ainda hoje será ouvido.

O caso

O engenheiro teria deixado o apartamento por volta das 01h  e voltado às 03h30 momentos antes da queda do garoto Guilherme de Oliveira Yokoshiro. Ao perceber que o filho havia caído do prédio, ele desceu do apartamento, pegou a criança, levou-a de volta para dentro de casa e pediu o socorro do Samu, que não conseguiu reanimá-la.

Maria  acredita que o menino poderia ter se assustado ao perceber que estava sozinho em casa e teria se jogado pela janela. ?Ele costumava brincar de super herói, dizia que era o Batman, acreditava que podia voar.? Comentou Maria Dail.

A mãe da criança, Carla Verena Oliveira, é enfermeira e estava trabalhando quando aconteceu a tragédia. Ela também deverá ser ouvida ainda hoje.

Guilherme foi enterrado por volta das 17h30 de ontem (24), no cemitério Jardim da Saudade, no bairro de Brotas. Familiares e amigos do menino prestaram as últimas homenagens.  O laudo cadavérico  só deve sair daqui a 30 dias.