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Ministro Fachin do STF suspende comissão do impeachment na Câmara

Ministro Fachin do STF suspende comissão do impeachment na Câmara

Por Da Redação

Ministro Fachin do STF suspende comissão do impeachment na CâmaraReprodução

O ministro Luiz Edson Fachin do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu na noite dessa terça-feira suspender temporariamente o processo de formação e a instalação da comissão especial que irá analisar o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados.


Fachin justificou sua decisão na necessidade de o STF analisar, a pedido do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), a constitucionalidade da lei que regulamenta as normas do processo de impedimento da governante, sobre a qual o plenário do Supremo deverá se pronunciar no próximo dia 16 de dezembro.


Por esse motivo, o ministro decidiu suspender de maneira imediata a formação da comissão especial do Congresso, conformada por 65 deputados, que tem a missão de analisar se as acusações feitas contra a presidente têm peso jurídico para provocar a destituição da Chefe de Estado.


Esta decisão acontece no mesmo dia em que se tinha iniciado a formação dessa comissão, com a apresentação de duas listas de deputados que deveriam fazer parte dela, com um resultado desfavorável para o governo, já que a lista mais votada, por 229 votos a favor e 199 contra, foi a proposta pela oposição.


Uma das questões que agora deverá ser analisada pelo STF é precisamente o sistema de votação secreta com o qual se elegeu hoje os membros dessa comissão na Câmara dos Deputados.


A fim de evitar novas ações que possam ser canceladas pelo STF no futuro, Fachin optou por suspender o processo.


As acusações contra Dilma Rousseff se fundamentam em uma série de manobras fiscais, as chamadas “pedaladas”, que o governo realizou em 2014 e continuou em 2015, a fim de maquiar suas contas.


A abertura de um processo visando à destituição da chefe de Estado foi solicitada por um grupo de juristas e quatro partidos de oposição que consideram que essas manobras supõem “crimes de responsabilidade”, uma das causas contempladas pela Constituição como motivo para o impedimento de um governante.


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