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Mesmo com denúncias, centro de João de Deus mantém atendimentos

Mesmo com denúncias, centro de João de Deus mantém atendimentos

Por Da Redação

Mesmo com denúncias, centro de João de Deus mantém atendimentosAgência Brasil

As denúncias de que teria abusado sexualmente de dezenas de mulheres que buscaram tratamento espiritual na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia, em Goiás, ?entristeceram? o médium João de Deus, mas não a ponto de fazê-lo desistir de atender as milhares de pessoas que, semanalmente, o procuram na pequena cidade a cerca de 110 quilômetros de Brasília.


Cinco dias após o programa “Conversa com Bial”, da TV Globo, exibir os primeiros depoimentos de mulheres que afirmam ter sido vítimas de crimes sexuais praticados pelo médium, os funcionários do centro espírita preparam o local para o atendimento previsto para esta quarta-feira (12/12). Segundo assessores, João de Deus atenderá normalmente pelos próximos três dias.


?Ele está triste, mas está bem. E, no momento certo, vai falar [sobre as denúncias]?, comentou Edna Gomes, assessora de imprensa da Casa Dom Inácio de Loyola. Segundo ela, o médium já chorou diante da repercussão das notícias, mas está convencido de que esclarecerá os fatos.


Para a assessora, os depoimentos das mulheres parecem conter inúmeras ?inconsistências? que precisam ser apuradas. Ao mostrar as instalações do centro espírita a jornalistas, que chegam à cidade para acompanhar os desdobramentos dos fatos, Edna garantiu que João de Deus não atende ninguém individualmente, em ambiente separado. ?O seu João sempre foi um homem muito respeitador. Conhecendo-o, você percebe que há coisas impossíveis [nos relatos]. Ele mesmo diz que nunca foi santo, mas, neste sentido, não há nada [que o desabone]?, disse Edna, lembrando que o médium já foi inocentado de denúncias anteriores semelhantes.


O Ministério Público de São Paulo criou uma força-tarefa com seis promotores e uma equipe de apoio para apurar denúncias de abusos sexuais do médium João de Deus. Os depoimentos começam a ser colhidos nesta terça-feira (11). Três mulheres serão ouvidas por dia até sexta-feira (14). O órgão entra em recesso, e as oitivas retornam em 7 de janeiro.


Segundo a  promotora da Justiça e defensora das mulheres Maria Gabriela Prado Manssur, um grupo de 200 mulheres se manifestou sobre abusos praticados pelo médium. Além disso, foram recebidos, apenas hoje, 12 relatos por e-mail e 40 por redes sociais em São Paulo. Todas as mulheres serão ouvidas em sigilo e não terão as identidades divulgadas.


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