Mais de 61 mil pessoas pretendem comprar imóveis em Salvador durante 2016, diz pesquisa
Mais de 61 mil pessoas pretendem comprar imóveis em Salvador durante 2016, diz pesquisa
O número de soteropolitanos que pretendem comprar um imóvel em 2016 é de 5,42%. É o que aponta uma pesquisa realizada pelo programa Radar Imobiliário. Os dados apontam, em números absolutos, que 61.873 pessoas estão em busca da casa própria. Levando em consideração somente a população economicamente ativa, foram entrevistadas 3.120 pessoas em 28 bairros de Salvador.
Ainda segundo os dados, os locais mais procurados são : Brotas, Itapuã, Cajazeiras, Imbuí, Cabula, São Rafael, Piatã, Ribeira e a cidade de Lauro de Freitas, na Região Metropolitana.
Perfil dos consumidores
No perfil dos compradores, as mulheres representam 57% dos interessados na compra de imóvel. Aspectos como morar em uma melhor localização, área de lazer, sair do aluguel e crescimento da família são os principais motivadores na hora de fechar negócio. Já no quesito item de lazer essencial, 43% dos homens declaram que avaliam se o local tem churrasqueira, enquanto 23% das mulheres preferem a piscina.
Insegurança jurídica
O especialista em mercado imobiliário, Manoel Gomes, avalia que Salvador vive um momento empresarial contrário às leis econômicas, onde existe uma grande demanda e a oferta diminui a cada ano. “A cidade saiu de um volume de 9.544 unidades lançadas em 2010 para menos de 1.000 em 2015.
A crise econômica não é a responsável pelo desaquecimento do mercado imobiliário, pois a desaceleração nos lançamentos acontece quase que exclusivamente em Salvador e o principal fator é a insegurança jurídica caracterizada pela falta de um PDDU consistente e um processo de aprovação muito lento”, explicou o especialista.
A Bahia perdeu mais de 80 mil postos formais de trabalho no último ano e para ele “isso também se deve a falta de confiança dos empresários em empreender, gerar empregos e movimentar a economia da cidade. Enquanto o PDDU não for aprovado, o mercado vai continuar contrariando a economia, deixando de gerar emprego e renda, apesar da demanda existente”, concluiu Gomes.