Em pronunciamento na TV ao lado de chefes militares, na noite desta última terça-feira (30/4), o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, disse que o líder da oposição, Juan Guaidó, foi derrotado e que os autores do que chamou de golpe devem se render.
?Isto não pode ficar impune?, disse ele, ?todos os envolvidos devem se render?. Antes, Maduro havia dito que as Forças Armadas do país continuavam leais a ele. ?Nervos de aço! Conversei com os comandantes de todas as Redi e Zodi [comandos de defesa] do país, que manifestaram sua total lealdade ao povo, à Constituição e à pátria?, tuitou Maduro. ?Chamo a máxima mobilização popular para garantir a vitória da paz. Venceremos!?.
Quase cem dias após o juramento de Guaidó como presidente interino, o país ainda vive entre a esperança de uma mudança que então parecia iminente e o aumento do desespero devido à degradação das condições de vida. O Primeiro de Maio era considerado um dia chave na disputa de poder iniciada pela oposição em 23 de janeiro. Guaidó chegou a chamar o dia de ?tomada de Miraflores?, esperando que Maduro, a essa altura, estaria tão debilitado que sucumbiria.
O temor da oposição é que sua chama comece a se apagar ?ou seja, que as pessoas se cansem de ir às convocações. O dia acabou com a dissolução das manifestações. Como a maioria dos comerciantes tinha fechado com medo da violência e muitos voltaram mais cedo porque não houve jornada laboral, as ruas de Caracas estavam vazias por volta das 18h, justamente quando sempre há trânsito.
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