GUANAMBI: Em dia de combate à intolerância religiosa, prefeito que ‘entregou’ cidade a Deus se recusa a falar
GUANAMBI: Em dia de combate à intolerância religiosa, prefeito que ‘entregou’ cidade a Deus se recusa a falar
Vinte e três de janeiro é o dia nacional de combate à intolerância religiosa no Brasil. Há pouco menos de um mês, o prefeito de Guanambi, sudoeste baiano, Jairo Magalhães (PSB), foi acusado de praticar intolerância ao determinar a ?entrega? da chave do município a Deus.
Na edição do dia 2 de janeiro do Diário Oficial do Município o documento trazia a seguinte mensagem: ?Declaro que esta cidade pertencente a Deus e que todos os setores da prefeitura municipal estarão sobre a cobertura do altíssimo?. Em outro trecho, o prefeito cancela atos religiosos realizados por outras religiões. ?Cancelo em nome de Jesus, todos os pactos realizados com qualquer outro Deus ou entidades espirituais?.
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Dias depois, Jairo disse ao Aratu Online que o decreto não era voltado para alguma doutrina ou pessoas, mas tudo o que não era bom para a cidade. O prefeito afirmou ainda que é “contra qualquer tipo de intolerância” e que houve “má interpretação do conteúdo do seu texto”.
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No dia voltado para o combate à intolerância religiosa no país, o Aratu Online foi procurar saber o que aconteceu com o prefeito após seu início de mandato polêmico. De acordo com o funcionário da rede Correios da cidade, que não quis ter o nome divulgado, tudo “continuou como se nada tivesse acontecido”. “Ninguém questionou nada a ele, nem perdeu força política na prefeitura, pelo que a gente sabe”. O funcionário explicou ainda que uma parte da cidade, que segue a mesma religião do prefeito, apoiou a postura de Jairo.
Em nota publicada um dia após a repercussão do decreto, a prefeitura declarou que “a referida publicação não teve como intenção causar nenhuma dissensão ou debate de cunho religioso, muito menos discussão relacionada a laicidade, pois a mesma não fere tal princípio”.
A reportagem do Aratu Online tentou entrar em contato com o prefeito Jairo Magalhães, que não quis se pronunciar sobre o assunto.
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