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Governo federal retoma produção de urânio em cidade do interior da Bahia

Governo federal retoma produção de urânio em cidade do interior da Bahia

Por Da Redação

Governo federal retoma produção de urânio em cidade do interior da Bahiadivulgação/INB

O governo federal retomou, nesta terça-feira (1/12), a produção de urânio na Unidade da Indústrias Nucleares do Brasil (INB), em Caetité, na Bahia. Na solenidade que marcou a retomada, uma detonação simbolizou o início da lavra a céu aberto em uma nova área, a Mina do Engenho.



Na Unidade de Concentração de Urânio (URA) são realizadas as duas primeiras atividades do ciclo do combustível nuclear: a mineração e o beneficiamento do minério. O resultado será o Concentrado de Urânio, também conhecido como yellowcake (U3O8).



Na solenidade de retomada, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, destacou a importância da energia nuclear para uma matriz energética baseada nos princípios do desenvolvimento sustentável. Segundo o ministro, análises do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da Organização das Nações Unidas e da Agência Internacional de Energia indicam significativa participação da fonte nuclear pelos próximos 30 anos para atender às demandas de geração de energia de base e em larga escala para a transição energética para descarbonização da economia.



Segundo a INB, em Caetité, foram produzidas 3.750 toneladas de concentrado de urânio entre 2000 e 2015, a partir da primeira área lavrada, a Mina Cachoeira. Desde a exaustão dos recursos passíveis de lavra a céu aberto no local, as atividades de mineração estavam paralisadas.



O urânio é a matéria-prima para fabricação do combustível que abastece as usinas nucleares de Angra dos Reis. A expectativa é que sejam produzidas 260 toneladas de concentrado de urânio por ano, quando a Mina do Engenho atingir a sua capacidade plena, o que deve ocorrer em 2022.



Segundo estimativa da INB, a retomada da produção tem impacto na geração de empregos na região, com 600 postos diretos e cerca de 1.800 indiretos. A expectativa da empresa é que haja uma injeção de R$ 76 milhões na economia, com cerca de R$ 30 milhões/ano em recolhimento de impostos estaduais e municipais.


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