EXCLUSIVO: Homem morto no Pero Vaz foi acusado de assassinar policial federal em 2009
EXCLUSIVO: Homem morto no Pero Vaz foi acusado de assassinar policial federal em 2009
João Lenon Santos Oliveira, de 27 anos, assassinado na noite de terça-feira (26/9) no bairro do Pero Vaz, em Salvador, tinha uma vasta ficha criminal. O caso mais grave cometido por ele, de acordo com fontes da Polícia Civil, foi o assassinato do agente da Polícia Federal Leonardo Maia da Fonseca, ocorrido no ano de 2009, no IAPI.
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O policial foi morto enquanto entregava uma intimação na localidade conhecida como Nova Divinéia. Naquele mesmo dia, todas as forças de segurança da Bahia foram deslocadas para o complexo de bairros. O resultado: cinco homens, todos eles apontados pelas Polícias Militar, Civil e Federal como traficantes, morreram após confrontos.
Naquela época, João tinha apenas 18 anos. Ele foi preso no bairro da Praia Grande poucos dias depois do homicídio. Apresentado no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o então adolescente disse que conhecia os criminosos e presenciou o assassinato do policial, mas negou qualquer participação na ação.
Além desse caso, João tinha ainda acusações de tráfico de drogas. Em 2013, ele foi preso por policiais militares da 37ª Companhia Independente (CIPM/Liberdade). Familiares do suspeito disseram que os agentes teriam “plantado” drogas na motocicleta que ele estava pilotando. Na oportunidade, um protesto chegou a ser realizado.
“TOQUE DE RECOLHER”
Por conta do assassinato de João, o clima ficou tenso no Pero Vaz, IAPI e Santa Mônica. Comércios fecharam as portas e ônibus pararam de circular em algumas ruas. De acordo com o Sindicato dos Rodoviários, a decisão foi tomada para preservar a vida de motoristas e cobradores que poderiam sofrer represálias.
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A Secretaria de Segurança Pública (SSP) reagiu. A pasta informou que o policiamento foi reforçado desde a madrugada desta quarta-feira (27/9) no complexo de bairros. Equipes do Batalhão de Choque, da Operação Gemeos e da Rondesp Baía de Todos os Santos foram acionados para ajudar a manter a rotina dos moradores.
A SSP não confirma oficialmente a acusação de assassinato, mas ressaltou que João Lenon tinha passagens pela polícia por tráfico e associação. Ele estaria comandando o comércio de entorpecentes na região da Divinéia, no IAPI.
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*Publicado originalmente às 15h38 (27/9)