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Estudo mostra que países ricos enfrentam maior risco de inundações

Estudo mostra que países ricos enfrentam maior risco de inundações

Por Da Redação

Os países ricos enfrentam riscos maiores com as alterações climáticas e as atividades humanas, que tornam as populações costeiras mais vulneráveis a inundações devastadoras. A conclusão é de um estudo publicado no US Journal Science.


O resultado do estudo contraria o que há muito tempo se pensava: que os países ricos, por terem mais dinheiro para investir em infraestruturas, enfrentam menos riscos de inundação. A notícia foi divulgada hoje (7) pela Agência France Presse.


Embora as nações ricas tenham mais recursos para se protegerem contra as cheias com a construção de barragens, por exemplo, as alterações climáticas podem aumentar a severidade e frequência das inundações e tempestades.


As alterações feitas pelo homem estão também aumentando o risco que as comunidades costeiras enfrentam. O estudo cita, como exemplo, a produção agrícola que pode provocar erosão e reduzir as proteções naturais contra inundações.


Os investigadores calcularam os desafios que mais de 340 milhões de pessoas podem enfrentar em 48 comunidades costeiras em todo o mundo e sinalizaram a foz dos rios Mississippi (nos Estados Unidos) e Reno (que corta vários países europeus) como potencialmente vulneráveis, afirmando que, em alguns casos, o risco pode ser multiplicado por quatro ou oito vezes.


O estudo afirma ainda que as obras de infraestrutura são essenciais para prevenir as inundações e recomenda que os países ricos façam “investimentos inteligentes já”. ?Habilidade econômica e decisões para aplicar soluções de engenharia serão fatores chave em determinar quão sustentáveis se tornarão a foz dos rios, a longo prazo?, afirma o estudo.


Em um editorial, também publicado no US Journal Science, os investigadores Stijn Temmerman, da Universidade de Antuérpia, e Matthew Kirwan, do Instituto de Ciência Marinha da Virgínia, afirmaram que as comunidades costeiras têm de planejar estratégias para diminuir os riscos de inundações, sugerindo que a opção “é restaurar sedimentos na foz dos rios”.


Dados recentes estimam que até 2050, se o nível do mar continuar subindo no ritmo atual, as inundações serão mais frequentes e poderão custar mais de US$ 10 bilhões anuais, causando sérios danos em 136 grandes cidades costeiras do mundo.


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