‘CUI BONO?’: Ação da Polícia Federal contra fraude na Caixa tem Geddel e Cunha como alvos
‘CUI BONO?’: Ação da Polícia Federal contra fraude na Caixa tem Geddel e Cunha como alvos
A Polícia Federal (PF) realiza, na manhã desta sexta-feira (13/1), uma operação para investigar suspeita de fraude na liberação de recursos da Caixa Econômica Federal para empresas entre 2011 e 2013, tendo, entre os alvos, Geddel Vieira Lima, ex-vice-presidente de Pessoa Jurídica do banco e ex-ministro do governo Temer.
A ação, batizada de ‘Cui Bono?’, se baseia em informações encontradas em um celular em desuso apreendido na residência do ex-deputado Eduardo Cunha em dezembro de 2015, quando ele era presidente da Câmara Federal.
Estão sendo cumpridos sete mandados de busca e apreensão em endereços residenciais e comerciais no Distrito Federal, na Bahia, no Paraná e em São Paulo, informa a PF. Eles foram ordenados pela 10ª Vara da Justiça Federal, no Distrito Federal.
O nome da operação – Cui Bono? – faz referência a uma expressão latina que significa “a quem beneficia?” e é derivada da Catilinárias. Desdobramento da Operação Lava Jato, ela foi realizada em 15 dezembro de 2015.
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Na ocasião, agentes da PF cumpriram mandados de busca e apreensão que atingiram líderes do PMDB, como Cunha. O celular de Cunha encontrado na operação foi periciado e, “mediante autorização judicial de acesso aos dados do dispositivo, a PF extraiu uma intensa troca de mensagens eletrônicas” entre o ex-deputado e Geddel, informou a instituição.
As mensagens indicavam a possível obtenção de vantagens indevidas pelos investigados em troca da liberação para grandes empresas de créditos com a Caixa, “o que pode indicar a prática dos crimes de corrupção, quadrilha e lavagem de dinheiro”, segundo a PF.
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Segundo as informações, o caso passou a ser da alçada da Justiça Federal do Distrito Federal depois que Cunha e Geddel perderam o foro privilegiado. Geddel deixou o governo em novembro passado e Cunha teve seu mandato de deputado federal cassado
ENVOLVIDOS
De acordo com a PF, o esquema envolveria o então vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa, além do vice-presidente de Gestão de Ativos do banco e empresas dos ramos de frigoríficos, de concessionárias de administração de rodovias e de empreendimentos imobiliários, além de um operador do mercado financeiro.
O esquema envolveria a liberação de recursos da Caixa para as companhias por meio de direcionamento político, com participação de Cunha, em troca de pagamento de propina.
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A PF não identificou as empresas investigadas na operação “Cui Bono?”.
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