CERCO FECHADO: Cunha é notificado e tem dez dias para se defender no Conselho de Ética

07/03/2016 20h22Atualizado em: 07/03/2016 20h22

Reprodução Terra

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara notificou na tarde desta segunda-feira (7/3), o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara, sobre o processo de investigação que tramita contra ele, com a aprovação do relatório preliminar do deputado Marcos Rogério (PDT-RO) na semana passada. Com o recebimento da notificação, Cunha terá, a partir desta terça-feira (8/3), 10 dias úteis para apresentar defesa por escrito ao conselho. O prazo termina dia 21 de março.

Na última quinta, um funcionário do conselho tentou notificar Cunha, mas não o encontrou. Nesta segunda, o próprio deputado recebeu o documento, que foi assinado e devolvido ao servidor do colegiado.

Decorrido o prazo de apresentação de defesa por escrito e apresentação de testemunhas pela defesa, o Conselho de Ética terá até 40 dias úteis para ouvir testemunhas, fazer as oitivas e as investigações. Esse prazo termina em 18 de maio.

Concluída essa fase do processo, o relator Marcos Rogério terá até 10 dias úteis para apresentar o texto definitivo. O prazo final para apresentação do parecer termina dia 2 de junho. A partir daí, o documento será discutido e votado.

O deputado Eduardo Cunha tem afirmado que seus advogados deverão recorrer da decisão do conselho, que aprovou o relatório preliminar para abertura das investigações contra ele.

Cunha responde a processo por quebra de decoro parlamentar e cassação do mandato em função de representação apresentada contra ele pelo PSOL e pela Rede Sustentabilidade.

Eduardo Cunha é alvo de processo de cassação sob acusação de ter mentido à CPI da Petrobras. Em março do ano passado, ele afirmou que não tinha contas no exterior. Posteriormente, documentos do Ministério Público da Suíça apontaram a existência de contas ligadas a ele naquele país.

O deputado Eduardo Cunha nega ser dono das contas e diz que elas são administradas por trustes (grupo formado após fusão de empresas). Ele admite ser o ?usufrutuário? dos ativos mantidos no exterior.