CASO NEW HIT: Em dia de audiência, grupo de mulheres protesta em frente ao Tribunal de Justiça
CASO NEW HIT: Em dia de audiência, grupo de mulheres protesta em frente ao Tribunal de Justiça
Acontece nesta terça-feira (15/8), às 13h30, no Tribunal de Justiça do estado (TJ-BA), localizado no CAB, em Salvador, a audiência para julgamento do recurso dos integrantes da ex-banda de pagode New Hit, que aconteceria na última terça-feira (8/8). Onze pessoas relacionadas à banda são acusadas pelo estupro de duas jovens depois de um show, no ano de 2012, na cidade de Ruy Barbosa, na Região da Chapada Diamantina.
Segundo a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), o pedido pelo adiamento da audiência foi feito pelos advogados dos réus e concedido pelo relator do processo.
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Protesto
O grupo social “Tamos Juntas”, que oferece atendimento jurídico gratuito a mulheres vítimas de violência, e representantes da “Marcha das Vadias”, protestarão em frente ao TJ-BA para chamar a atenção da população sobre o caso. Segundo a advogada Laina Crissóstomo, uma das fundadoras do primeiro grupo, cerca de 30 pessoas se reunirão hoje no local, a partir das 12h30.
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Em conversa com o Aratu Online, Laina disse que a ação é também por medo de o recurso ser acolhido. “As vítimas tiveram suas vidas transformadas. Uma delas teve que sair da cidade, por causa de julgamentos, e está no serviço de proteção à testemunha. É um absurdo que um crime tão grave como esse tenha a possibilidade de ficar impune”, disse a advogada.
Relembre o caso
No dia 26 de agosto de 2012, nove integrantes da New Hit foram presos na cidade de Ruy Barbosa (a 321 km da capital, Salvador), acusados de praticar um estupro coletivo dentro do ônibus do grupo. Dois seguranças também foram acusados de acobertar a situação. As vítimas eram fãs adolescentes que foram curtir a micareta na qual banda de pagode se apresentou na cidade. De acordo com o depoimento das garotas, na época, elas entraram para pedir autógrafos e fotos aos rapazes.
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Os acusados são Alan Aragão Trigueiros, Carlos Frederico Santos de Aragão, Edson Bomfim Berhends Santos, Eduardo Martins Daltro de Castro Sobrinho, Guilherme Augusto Campos Silva, Jefferson Pinto dos Santos, Jhon Ghendow de Souza Silva, Michel Melo de Almeida, Wenslen Danilo Borges Lopes e Willian Ricardo de Farias.
Em 2015, a juíza Márcia Simões Costa, da Comarca da cidade, condenou os integrantes da banda a 11 anos e 8 meses de prisão em regime fechado. Os advogados entraram com o recurso.
Ministério Público
Em nota, o Ministério Público da Bahia (MP-BA), por meio da coordenadora do Centro de Apoio Operacional de Defesa dos Direitos Humanos (Caodh) e promotora de justiça do estado, Márcia Teixeira, informou que espera que o TJ-BA mantenha a íntegra da decisão judicial da primeira instância. Nesta, os integrantes da banda e um policial militar foram condenados pelo crime de estupro coletivo.
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*Publicada originalmente às 11h53