Bancários entram em greve por tempo indeterminado a partir desta terça-feira
Bancários entram em greve por tempo indeterminado a partir desta terça-feira
Os bancários de vários estados do país vão se reunir em assembleia nesta segunda-feira (5/9) para ajustar os detalhes da paralisação nacional aderida pela categoria. O início da greve está previsto para 00h desta terça-feira (6/9) e seguirá por tempo indeterminado.
A categoria não aceitou a contraproposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). As principais reivindicações dos bancários é o reajuste salarial – incluindo reposição da inflação mais 5% de aumento real; Participação dos Trabalhadores nos Lucros e Resultados (PRL) de três salários mais R$ 8.317, 90; piso salarial no valor de R$ 3.940,24 além de vale alimentação/vale Refeição/ 13ª cesta alimentação/auxílio-creche e/ou babá, no valor de R$ 957,50 mensais/cada.
De acordo com o coordenador da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito (Contec), Lourenço Prado, o abono oferecido, no valor de R$ 3.000,00, seria pago em parcela única e não incorporaria aos salário do bancário. “É bom esclarecer que esse abono não reflete nas férias, 13º salário, FGTS, previdência”, afirma. Já a PLR, segundo proposta da Fenaban, seguiria os moldes de anos anteriores. Ou seja, Regra Básica mais a PLR Adicional.
Ainda segundo Prado, a população não será afetada, pois os caixas e correspondentes bancários vão continuar funcionando normalmente. “A população não será afetada, os clientes especiais poderão ser atendidos conforme acordo com o sindicato. Não queremos trazer prejuízo à população, só vamos reivindicar nossos direitos”, afirma.
A proposta da Fenaban foi apresentada no dia 29 de agosto e oferece reajuste de 6,5% no salário e nos auxílios refeição, alimentação, creche, e abono de R$ 3 mil, além de participação nos lucros e resultados (PLR). Segundo a Contec, a proposta da entidade patronal não cobre a inflação do período, projetada em 9,57% para agosto deste ano, e representa perdas de 2,8% para a categoria.
CÁLCULOS:
A regra básica é calculada da seguinte forma: 90% do salário mais R$ 2.153,21, limitado a R$ 11.550,90. Se o total ficar abaixo de 5% do lucro líquido, salta para 2,2 salários, com teto de R$ 25.411,97.
A PLR adicional é computada sobre 2,2% do lucro líquido da instituição, dividido linearmente para todos os funcionários, limitado a R$ 4.306,41.
*Foto: Reprodução (http://goo.gl/Vwua8j)