“Passarela não é solução?, diz especialista sobre atropelos na Suburbana
“Passarela não é solução?, diz especialista sobre atropelos na Suburbana
O crescente número de atropelamentos na Avenida Afrânio Peixoto, conhecida como Suburbana, em Salvador, fez o Aratu Online levantar, junto à Superintendência de Trânsito e Transportes de Salvador (Transalvador), a estatística de acidentes deste tipo na Região. Em 2013, foram registrados 50 casos, contra 60 no ano seguinte. Só em janeiro deste ano, uma pessoa morreu, na tarde de ontem (26). Para o especialista em trânsito, Hélio Liberato, a solução seria a construção de mergulhões.
De acordo com a Transalvador, em 2013, foram 43 feridos, dois mortos e cinco pessoas sem lesões. Já em 2014, o número de atropelos e vítimas aumentou. Foram 56 feridos e três mortes. Só em janeiro de 2015, na tarde desta segunda-feira (26), a idosa Marinalva Lopes Requião, de 65 anos, foi a primeira vítima fatal de atropelo em 2015 na via, que tem 12 km de extensão.
O especialista em trânsito, Hélio Liberato, disse ao Aratu Online que a solução para evitar atropelos na Avenida Suburbana seria a construção dos chamados mergulhões, que é uma espécie de túnel que passa por baixo das ruas, liberando espaço para praças e o tráfego de pessoas por cima delas. “Já fui a várias capitais do mundo, na Europa já foi abolida a construção de passarelas, o que deveria ser feito aqui no Brasil. Nossa condição mostra que a passarela, além de ser cara financeiramente, atrai muitos assaltos. Na Suburbana seria necessário e construção de cinco mergulhões”, alerta.
“Aqui em Salvador, temos dois exemplos dessas intervenções. Uma perto do Salvador Shopping e outra na rótula dois da Avenida Paralela”. Hélio chama atenção também para a displicência dos pedestres: “temos uma falta de estrutura para os pedestres, mas o trânsito é feito para os carros”, e conclui “a vida é mais importante do que qualquer investimento em trânsito?.