Após greve de 86 dias, alunos de universidades estaduais podem ficar mais uma semana sem aula

Os professores das universidades estaduais da Bahia decidiram, na última quinta-feira (06), encerrar a greve que durou 86 dias. A retomada das atividades estava programada para esta segunda-feira, mas não aconteceu. Uma paralisação dos servidores técnico-administrativos nas Universidades Estaduais do Sudoeste da Bahia (Uesb), de Feira de Santana (Uefs) e de Santa Cruz (Uesc) deixou os portões fechados. Já na Universidade Estadual da Bahia (Uneb), as aulas recomeçaram, mas não acontecerão nesta terça.

Segundo a assessoria do Sindicato dos Servidores Técnico-Administrativo da UESB (Afus), o movimento em todas instituições deve prosseguir até a sexta-feira (14) caso uma reunião entre governo e servidores, marcada para esta terça-feira, não apresente avanço. Na prática, os alunos são impedidos de entrar nos locais de aula pois os servidores trancam os protões em protesto.

A assessoria disse ainda que o movimento dos técnicos não tem relação com o dos professores. Eles têm uma pauta de 10 pontos de reivindicações, tais como: o pagamento do adicional de insalubridade que, segundo o sindicato, foi retirado dos vencimentos de servidores que exercem atividades insalubres.

Eles querem também o encaminhamento para a Assembleia Legislativa projeto de lei para criação da Carreira Específica dos servidores pertencentes ao Grupo Ocupacional Técnico Universitário (Auxiliar Administrativo, Técnico Administrativo e Analista Técnico) e estabeleça regulamento para os processos de promoção e progressão funcional desse agrupamento profissional, além de outros pontos.

Por meio de nota, o Governo do Estado, representado pelas secretarias de Administração, Educação e Relações Institucionais, disse que vai participar da reunião com os representantes dos servidores quando serão discutidos pleitos da categoria.