Procon-BA notifica Riachuelo após caso de discriminação contra criança autista
O órgão já está em contato constante com a mãe da vítima e em interlocução com o Ministério Públic
Divulgação/Procon
A loja Riachuelo do Boulevard Shopping, em Feira de Santana, foi notificada na última sexta-feira (17/11) pela Superintendência de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-BA) para esclarecer uma denúncia de discriminação ocorrida durante o atendimeto a uma mãe de criança com Transtorno do Espectro Autista (TEA) ocorrida na quinta-feira (16/11) no respectivo estabelecimento.Segundo a entidade, o objetivo da notificação é de obter esclarescimentos acerca do atendimento prioritário a pessoa com deficiência e foi motivada por conta de uma denúncia de discriminação ocorrida no local.
Além disso, A Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH), através da Superintendência dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Sudef) e do Fórum de Combate à Violência contra Pessoas com Deficiência, está adotando outras medidas no acompanhamento do caso. Segundo a nota, o órgão já está em contato constante com a mãe da vítima e em interlocução com o Ministério Público, a Defensoria Pública do Estado e a Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes contra a Criança e o Adolescente para investigar judicialmente o crime por capacitismo.
Entenda o Caso
Segundo depoimento de Karla Gurgel, mãe da criança, foi solicitada prioridade no atendimento no caixa, o que é determinado pela legislação de acordo com a Lei Federal de Nº 14.626/23. Ao ser levada a uma funcionária para efetuar o pagamento das compras, a mesma trabalhadora teria dito a sua colega a frase “não me passe essas bombas”, o que foi denunciado pela própria Karla como uma ofensa discriminatória à condição de seu filho.
"Eu estou aqui na Riachuelo, fui atendida com meu filho, Mateus com autismo, aqui no caixa. Fui atendida por essa moça, que me passou para outro caixa lá embaixo. Aquela moça lá do caixa, pra ser atendida aqui no Shopping Boulevard, e assim que acabou o atendimento ela disse pra moça ‘não me passe essas bombas não’. Meu filho não é ‘bomba’. Não gostei. Eu exijo respeito com os autistas, pessoas com deficiência, porque eu sou mãe e ninguém aqui está livre de ter um filho com deficiência. E eu não aceito, porque já é difícil uma luta de uma mãe com uma criança que vem em um shopping para comprar uma roupa", afirmou Karla no vídeo.
A Riachuelo informou em nota que lamenta o ocorrido e afirma que a trabalhadora foi demitida após o caso. O Shopping Boulevard também se manifestou e disse que a abordagem da vendedora não condiz com as orientações de atendimento adotadas pelo estabelecimento comercial.
Em vídeo publicado nas redes sociais, a atendente acusada de discriminação justificou que não direcionou a frase a criança e sua mãe, referindo o termo “bomba” para o caso da cliente não utilizar o cartão da empresa como pagamento. Segundo a ex-funcionária, este é um termo comum utilizado para este tipo de transação, já que, segundo ela, este processo reduz a meta específica do funcionário.
"Quando ela saiu eu disse ‘Tati, não me traga mais essas bombas’. ‘Bombas’, lá na Riachuelo a gente quer dizer sobre ‘cartão terceiros’. A gente não está se referindo a cliente, a ninguém. A gente está se referindo a cartão porque lá dentro da empresa todas as lojas trabalham com metas. Se você “passa” o cartão Riachuelo a gente fica na meta, se passamos cartão de outra operadora a nossa meta cai. Quando Tati passou essa cliente para mim, eu achei que ela estava passando o terceiro para mim e ficar com a P.A.", disse a ex-colaboradora.
Acompanhe nossas transmissões ao vivo no www.aratuon.com.br/aovivo. Siga a gente no Insta, Facebook e Twitter. Quer mandar uma denúncia ou sugestão de pauta, mande WhatsApp para (71) 99940 – 7440. Nos insira nos seus grupos!
Além disso, A Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH), através da Superintendência dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Sudef) e do Fórum de Combate à Violência contra Pessoas com Deficiência, está adotando outras medidas no acompanhamento do caso. Segundo a nota, o órgão já está em contato constante com a mãe da vítima e em interlocução com o Ministério Público, a Defensoria Pública do Estado e a Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes contra a Criança e o Adolescente para investigar judicialmente o crime por capacitismo.
Entenda o Caso
Segundo depoimento de Karla Gurgel, mãe da criança, foi solicitada prioridade no atendimento no caixa, o que é determinado pela legislação de acordo com a Lei Federal de Nº 14.626/23. Ao ser levada a uma funcionária para efetuar o pagamento das compras, a mesma trabalhadora teria dito a sua colega a frase “não me passe essas bombas”, o que foi denunciado pela própria Karla como uma ofensa discriminatória à condição de seu filho.
"Eu estou aqui na Riachuelo, fui atendida com meu filho, Mateus com autismo, aqui no caixa. Fui atendida por essa moça, que me passou para outro caixa lá embaixo. Aquela moça lá do caixa, pra ser atendida aqui no Shopping Boulevard, e assim que acabou o atendimento ela disse pra moça ‘não me passe essas bombas não’. Meu filho não é ‘bomba’. Não gostei. Eu exijo respeito com os autistas, pessoas com deficiência, porque eu sou mãe e ninguém aqui está livre de ter um filho com deficiência. E eu não aceito, porque já é difícil uma luta de uma mãe com uma criança que vem em um shopping para comprar uma roupa", afirmou Karla no vídeo.
A Riachuelo informou em nota que lamenta o ocorrido e afirma que a trabalhadora foi demitida após o caso. O Shopping Boulevard também se manifestou e disse que a abordagem da vendedora não condiz com as orientações de atendimento adotadas pelo estabelecimento comercial.
Em vídeo publicado nas redes sociais, a atendente acusada de discriminação justificou que não direcionou a frase a criança e sua mãe, referindo o termo “bomba” para o caso da cliente não utilizar o cartão da empresa como pagamento. Segundo a ex-funcionária, este é um termo comum utilizado para este tipo de transação, já que, segundo ela, este processo reduz a meta específica do funcionário.
"Quando ela saiu eu disse ‘Tati, não me traga mais essas bombas’. ‘Bombas’, lá na Riachuelo a gente quer dizer sobre ‘cartão terceiros’. A gente não está se referindo a cliente, a ninguém. A gente está se referindo a cartão porque lá dentro da empresa todas as lojas trabalham com metas. Se você “passa” o cartão Riachuelo a gente fica na meta, se passamos cartão de outra operadora a nossa meta cai. Quando Tati passou essa cliente para mim, eu achei que ela estava passando o terceiro para mim e ficar com a P.A.", disse a ex-colaboradora.
Acompanhe nossas transmissões ao vivo no www.aratuon.com.br/aovivo. Siga a gente no Insta, Facebook e Twitter. Quer mandar uma denúncia ou sugestão de pauta, mande WhatsApp para (71) 99940 – 7440. Nos insira nos seus grupos!