Criança morta ao cair de escada em Salvador foi doada pela mãe e pode ter sido agredida, diz familiar
Pietro Ferreira Santos teria caído de uma escada dentro da casa onde morava com duas mulheres e morrido por causa de uma lesão provocada por rompimento de parte do estômago.
Sob forte comoção, o menino de três anos que morreu após cair de uma escada no bairro Engenho Velho da Federação, em Salvador, foi enterrado na manhã desta última quarta-feira (2/11) no Cemitério Municipal de Brotas, em Salvador. Os pais biológicos da criança estavam presentes na despedida, mas preferiram não gravar entrevista. Familiares da vítima dizem que ela pode ter sido espancada pelas cuidadoras.
Pietro Ferreira Santos caiu dentro da casa onde morava com duas mulheres e morrido por causa de uma lesão provocada por rompimento de parte do estômago.
Em conversa com a equipe de reportagem da TV Aratu, Rita Ferreira, mãe da criança, afirmou que não tinha condições de comentar sobre a morte do filho. Ela estava há um ano sem encontrar Pietro, que vivia com duas ex-vizinhas dela, pois Rita não teria condições financeiras de cuidar do menino.
Segundo ela, as duas mulheres sumiram levando os documentos da criança. Michele Souza, uma das cuidadoras, afirmou à equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) que a criança teria caído da escada, levantado e dito que estava bem.
Mais tarde, ao deitar ao lado dele, ela teira percebido que o garoto respirava com dificuldade e chamado a ambulância. Quando o SAMU chegou ao local, o óbito foi constatado. Por meio de nota, foi informado que a criança já apresentava "rigidez cadavérica".
Questionada sobre marcas que a criança tinha na barriga, Michele afirmou que elas teriam sido resultado de uma queda de bicicleta. Neste mesmo incidente, o menino também teria machucado a testa.
"O laudo cadavérico vai descrever todas as lesões. Esse laudo a gente vai receber no início da próxima semana e teremos mais condições de saber detalhes com relação ao óbito, estado nutricional, estado da criança, lesões e tudo mais. A partir de então, vamos direcionar a investigação", explicou o delegado Nilton Borba, que investiga o caso.
VERSÃO CONTESTADA
Durante conversa com a reportagem do Grupo Aratu, uma prima da mãe da criança contesta a versão de Michele Souza. Para ela, a causa morte de Pietro foi espancamento.
"Ele [Pietro] apanhou. A gente tá perguntando agora cadê ela [Michele]? Toda família está aqui, a mãe passando mal...cadê ela? Ela não podia fazer isso. Pegou os documentos [da criança] e sumiu. A mãe tirou todo documento para enterrar o menino. O que ela fez, ela vai pagar", ressaltou, sem se identificar.
A mãe biológica de Pietro foi até a delegacia na segunda-feira (31/10) e, durante uma conversa informal com o delegado do caso, confirmou que deixou a criança sob a responsabilidade de duas ex-vizinhas, por não possuir condições financeiras de sustentar o menino e mais dois filhos dela.
O corpo de Pietro foi liberado do Instituto Médico Legal (IML) na tarde de terça-feira (01). A 7ª Delegacia Territorial aguarda o resultado dos laudos para esclarecer a causa e as circunstâncias da morte.
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