Bituca de cigarro ajuda polícia baiana a encontrar suspeito de assassinato sete anos após o crime
Anáise só começou a ser feita em 2018, quando se iniciou o trabalho de coleta de DNA de suspeitos condenados por crimes graves
Parece roteiro de filme: uma bituca de cigarro, deixado na cena do crime foi o suficiente para a polícia baiana a eluçidar o assassinato o engenheiro Sérgio de Brito Domingos, em setembro de 2015. A análise só começou a ser feita em 2018 e o resultado foi publicado nesta terça-feira (10/5), sete anos após o crime.
O suspeito, de 31 anos, já cumpre pena na Penitenciária Lemos de Brito pelos crimes de latrocínio e furto, Os dados do autor foram inseridos no Banco Nacional de Perfis Genéticos (BNPG), após o trabalho de investigação da 14ª Delegacia Territorial (DT) da Barra e de peritos da Coordenação de Genética Forense do Laboratório Central de Polícia Técnica (LCPT). A compatibilidade gerada entre os genes achados nos materiais espalhados pelo apartamento da vítima com os do autor só pode acontecer após o DPT baiano iniciar, em 2018, dentro de unidades do sistema prisional, um trabalho de coleta de DNA de suspeitos condenados por crimes graves e inseri-los no BNPG.
Em janeiro deste ano, as equipes de genética forense, responsável por realizar os exames dos materiais coletados e gerenciar o banco de dados, detectou a conexão dos materiais biológicos e apontou o principal suspeito do crime. Após ser identificado, ele foi interrogado durante seis horas pela delegada Mariana Ouais, titular da 14ª DT e responsável pelo caso, onde confessou, "fria e detalhadamente", segundo a polícia, como aconteceu o crime.
“Ele não aparentava estar arrependido por ter tirado uma vida, mas sim por que isso agravaria a pena. Durante a conversa ele tentava fugir dos assuntos, mas chegou o momento que ele confessou todo o crime”, explicou a delegada.
O inquérito foi concluído com o indiciamento do presidiário pelo crime de latrocínio e, se condenado, a pena poderá chegar a 30 anos de reclusão.
RELEMBRE
No dia 13 de Setembro de 2015, o corpo do engenheiro foi encontrado com as mãos e os pés amarrados, bastante ensanguentado, com perfurações feitas por uma faca e sinais de espancamento e estrangulamento, dentro do banheiro de uma das suítes de seu apartamento. “Assim que os investigadores chegaram ao local, perceberam que o apartamento estava bastante revirado e com sinais aparentes de uma briga que antecedeu a morte”, detalhou Ouais.
Foi solicitada a perícia e as equipes do DPT coletaram evidências que poderiam levar a identificação do autor do crime e as encaminharam para a Coordenação de Genética Forense. Lá, os cruzamentos foram feitos com os de diversos suspeitos, sendo o autor identificado. A motivação do criem não foi divulgada.
“Comemoramos a conclusão desse inquérito que gerou bastante comoção e muita angustia para a família. Eles estavam sem poder descansar e saber o que efetivamente aconteceu e poder dar essa resposta, sem dúvidas foi de extrema importância”, concluiu a delegada.
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