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Ministro do STJ autoriza retirada de tornozeleira eletrônica de desembargadora Maria do Socorro, investigada na Faroeste

A desembargadora foi presa em 2019 por tentativa de destruir provas relacionadas a um esquema de compra e venda de sentenças de terras do oeste baiano

Por Matheus Caldas

Ministro do STJ autoriza retirada de tornozeleira eletrônica de desembargadora Maria do Socorro, investigada na Faroestedivulgação

Relator da Operação Faroeste no Superior Tribunal de Justiça (STJ), o ministro Og Fernandes autorizou a retirada da tornozeleira eletrônica usada pela desembargadora Maria do Socorro, do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). A autorização foi dada na última segunda-feira (7/3), mas a decisão foi divulgada nesta quarta-feira (9/3).


Na visão do ministro, a magistrada “tem apresentado comportamento colaborativo em relação à instrução processual”. Além disto, segundo ele, “não foi possível concluir a instrução processual com a realização do interrogatório dos acusados, por motivos alheios à esfera de atuação da imputada”.


No ano passado, Fernandes já havia revogado a prisão preventiva de Maria do Socorro, contanto que ela usasse a tornozeleira eletrônica e não acessasse as dependências do TJ-BA. A desembargadora foi presa em 2019 por tentativa de destruir provas relacionadas a um esquema de compra e venda de sentenças de terras do oeste baiano. 


Ela é mãe da ex-cantora da Timbalada, Amanda Santiago. Em dezembro de 2020, a artista foi um dos 35 alvos de busca e apreensão de uma das etapas da Faroeste. Contudo, não chegou a ser acusada em nenhuma ação. 


Na época, a artista foi citada na delação premiada de Júlio César Cavalcanti Ferreira, um dos advogados acusados de negociar compras de sentenças.


Na ocasião, a investigação apontou transferências "vultuosas" de Amanda para a mãe. Com os valores, a desembargadora teria feito o pagamento de um imóvel na Praia do Forte à francesa Marie Agnês, que acusa a ex-presidente de ter se apropriado ilegalmente da casa.


Com sete suítes, a casa é localizada no Condomínio Aldeia dos Pescadores, sendo avaliada entre R$ 1,5 milhão e R$ 2 milhões. A suspeita é de que o imóvel tenha sido vendido pela marido da francesa à desembargadora por valores menores e sem sua autorização.


Além disto, a delação sugeriu que a cantora  teria realizado operações financeira juntamente com Adailton Maturino e sua esposa, Geciane Maturino, em valores que podem chegar a R$ 1 milhão, fazendo até  "saque em espécie de R$ 500 mil, no intuito de dificultar a vinculação criminosa entre os investigados".


Um do pivôs do esquema, Maturino teve prisão preventiva revogada no ano passado, mas também usa tornozeleira eletrônica. 


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