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Protetora da Visão: com missas e carreata, devotos participam das homenagens à Santa Luzia em Salvador

Antes, entre os dias 10 e 12 de dezembro, aconteceu o tríduo com celebrações às 9h e às 18h, à luz do tema central “Acolher bem é evangelizar”.

Por Da Redação

Protetora da Visão: com missas e carreata, devotos participam das homenagens à Santa Luzia em Salvadorilustrativa

Santa Luzia, invocada como intercessora das pessoas que possuem problemas na visão, é homenageada neste dia 13 de dezembro, na Igreja Santíssimo Sacramento, Nossa Senhora do Pilar e Santa Luzia, localizada no bairro Comércio, em Salvador.


Antes, entre os dias 10 e 12, aconteceu o tríduo com celebrações às 9h e às 18h, à luz do tema central “Acolher bem é evangelizar”. É importante destacar que, na primeira noite (10), haverá o Te Deum (A Ti, Deus) – hino da Liturgia das Horas rezado aos domingos e dias solenes.


Nesta segunda-feira (13/12), dia dedicado à ela, os festejos tiveram início com a alvorada às 5h, seguida de Celebrações Eucarísticas às 6h, às 8h, às 15h, às 17h e às 19h. O ponto alto das homenagens à Santa luzia será a Missa Solene, presidida pelo Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Cardeal Dom Sergio da Rocha, às 10h.


Como parte da programação, haverá, ainda, uma carreta que sairá da Igreja e fará o seguinte trajeto: Avenida da França, Mercado Modelo, 2º Distrito Naval, Basílica Santuário Nossa Senhora da Conceição da Praia, Capela São José do Corpo Santo, Praça da Inglaterra, Ladeira da Montanha, Rua Carlos Gomes, Largo do Campo Grande, Avenida Sete de Setembro, Praça da Piedade, Avenida Joana Angélica, Largo de Nazaré, Barbalho, Soledade, Lapinha, Avenida Lima e Silva (Liberdade), Ladeira de São Cristóvão, Largo do Tanque, Baixa do Fiscal, Mares, Calçada, Avenida da França, retornando para a Igreja, no Comércio.


Para o padre Renato Minho, a fé, a fidelidade e a coragem de Santa Luzia devem ser imitados. “Os santos e as santas são exemplos de amigos de Deus, pois se esforçaram no cumprimento da missão que a eles foi confiada. Com Santa Luzia não é diferente. Que, a exemplo dela, possamos cumprir a vontade de Deus, resistindo contra todo o mal”, afirma.


A FONTE MILAGROSA


Em Salvador, no templo que tem Santa Luzia como co-padroeira, há uma fonte de onde mina água desde o século 17 e que, diariamente, é procurada por inúmeros fiéis. Foi nela que, no início do século passado, um homem cego lavou os olhos e voltou a enxergar, sendo este milagre atribuído à santa, que também é padroeira dos oftalmologistas, cuja imagem havia acabado de ser colocada em um nicho, na Igreja.


“Logo após a chegada da imagem, em 1902, houve um primeiro milagre: um senhor cego, que bebeu a água e lavou os olhos, voltou a enxergar. Eu acredito que ele não veio com o propósito de ser curado, pois a água que brota aqui da fonte abastecia os navios e o comércio, então, para mim, ele deve ter vindo aqui para pegar a água e voltou a enxergar. Assim, atribuiu-se a cura à intercessão de Santa Luzia. Ainda hoje, muitos outros tantos milagres têm acontecido”, diz o padre Renato.


SANTA LUZIA


Nascida em uma família rica e cristã, na cidade de Siracusa – Itália, no ano de 283, Luzia era considerada como uma das jovens mais belas do local. Aos cinco anos perdeu o pai e cresceu sob os cuidados da mãe, que sofria de graves hemorragias. Certo dia, ao peregrinar na cidade de Catânia, Luzia e a mãe acompanharam o Evangelho pregado durante a Missa, o qual falava sobre a cura da mulher que padecia de hemorragias. A jovem, então, pediu ao Senhor que a mãe ficasse curada e foi rezar junto à imagem de Santa Águeda. No mesmo instante, a cura aconteceu.


Ao chegarem a casa onde elas moravam começaram a distribuir todos os bens aos pobres. Percebendo que Luzia e a mãe eram cristãs, um jovem que vivia no local denunciou-as ao prefeito de Siracusa, que as enviou ao Imperador Diocleciano. Como Luzia se mostrou firme diante da fé que carregava, acabou sofrendo inúmeras crueldades.


Vendo que não seria possível convertê-la, Diocleciano mandou jogá-la numa casa de prostituição, mas ninguém conseguia tirar Luzia do local onde ela se encontrava, os pés ficaram firmes no chão. Em seguida, tentaram queimá-la viva, mas as chamas nada fizeram contra ela. Por fim, os soldados arrancaram-lhe os olhos e os entregou em um prato à jovem. No mesmo instante, na face de Luzia, brotaram outros olhos. Vendo que nada a fazia renegar a fé em Jesus Cristo, mandaram degolar a menina.


Era 13 de dezembro de 304. A partir deste dia teve início a devoção à Santa Luzia, primeiro na Itália e depois por toda a Europa. Atualmente ela é conhecida como a “Santa da Visão”.


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